Encontro da ADS aprova carta a Temer com críticas à reforma trabalhista
Sindicalismo
O encontro reuniu representantes de 26 organizações sindicais de 14 países
A reunião da Alternativa Democrática Sindical – ADS em São Paulo foi encerrada com a aprovação de uma carta ao presidente Michel Temer, criticando “a reforma trabalhista e os ataques sistemáticos contra o movimento sindical brasileiro”. O encontro reuniu representantes de 26 organizações sindicais de 14 países. Criada entre os dias 17 e 21 de abril de 2017, durante congresso em Bogotá, na Colômbia, a entidade reúne entidades da América Latina e Caribe.
“A ADS se consolida como uma organização que luta pelos trabalhadores, sem se prender a um viés político”, afirma o secretário-geral Nilton de Souza (Neco), que também é secretário de Relações Internacionais da Força Sindical.
O dirigente falou à Agência Sindical e fez um balanço positivo do evento. Segundo Neco, o encontro definiu um plano de trabalho e aprovou várias moções, entre elas “a que repudia as reformas e os ataques ao movimento sindical pelo governo Temer”.
Neco destaca que a ADS pretende ampliar sua influência em organismos internacionais, como OEA, ONU e OIT. “Estamos preparando uma delegação forte para a Conferência da OIT no final de maio. Vamos realizar um novo encontro às vésperas deste evento em Genebra”, explica.
Direitos – “Este é apenas o começo de um longo caminho. Vamos continuar o trabalho pelos direitos e melhorar a qualidade de vida de mais de 20 milhões de trabalhadores que representamos, na região das Américas e do Caribe”, avalia o dirigente.
Para Nilton Neco, o momento é difícil para o sindicalismo, mas não devemos pregar a ideia “que o movimento sindical tem que se reinventar”. “Temos que buscar nas lutas do passado a sabedoria para enfrentar os ataques que os trabalhadores vêm sofrendo, tanto no Brasil como na América Latina”, enfatiza.
Clique aqui e leia o comunicado aprovado no evento.