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Foto: CUT

Em ato unificado, centrais sindicais aprovam greve geral para 14 de junho

Brasil

Mais de 200 mil trabalhadores foram ao centro de São Paulo para lutar contra o fim da aposentadoria. No Brasil, ato do Dia do Trabalhador mobilizou mais de 1 milhão de trabalhadores que prometem parar o país no dia 14 de junho.

A proposta de reforma da Previdência e o desemprego, que atingiu mais de 13,4 milhões de brasileiros no mês de março, foram os principais alvos dos protestos e manifestações de 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, no Brasil. Em atos unificados, inéditos no país, as centrais sindicais confirmaram o indicativo de greve geral para o dia 14 de junho, contra os retrocessos do governo de Jair Bolsonaro. O Brasil vai parar se a reforma da Previdência passar. Esse foi o tom dos discursos da centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSB, CGTB, a Nova Central e CSP-Conlutas.

Os dirigentes entendem que se a reforma não for barrada nas ruas, será praticamente o fim do direito à aposentadoria. Isso porque, pelo texto da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 6/2019, que na próxima semana começa a ser analisada na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, a aposentadoria por tempo de contribuição irá acabar e as mulheres serão obrigadas a se aposentarem com, no mínimo, 62 anos de idade, e os homens 65 anos.

Além disso, o tempo mínimo de contribuição subirá de 15 anos para 20 anos e os trabalhadores vão receber menos, apenas 60% do valor do benefício será pago se a reforma for aprovada. Para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador terá de contribuir por pelo menos 40 anos.

Unidade na luta – E não são apenas as centrais sindicais que estão unidas contra a reforma da Previdência. Os movimentos sociais ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e diversos partidos políticos, como PT, PSOL, PSB, PCdoB, também estão na luta em defesa do direito do povo se aposentar.

Ex-candidato à presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, parabenizou a unidade da classe trabalhadora e destacou que o momento é de união para barrar os desmandos do governo de Bolsonaro, que tem só quatro meses de gestão e já mostrou que é a continuidade piorada do governo de Michel Temer (MDB), autor da reforma trabalhista que destruiu 100 itens da CLT e contribuiu para a criação de postos precários de trabalho. “Não há diferença entre as propostas de Bolsonaro e Temer. São só cortes de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. Cadê o emprego e a renda que prometeram há três anos atrás? ”, questionou.

Guilherme Boulos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto MTST, destacou que a união de todos os trabalhadores na greve geral será ação importante na defesa dos direitos da população: “Aqui começa a luta que vai barrar a reforma da Previdência. No dia 14 de junho o Brasil vai parar contra esse projeto que quer destruir a previdência pública. Eles não querem enfrentar privilégios, isso é mentira. Eles estão atacando direitos”, disse.

Em São Paulo, onde a manifestação aconteceu no Vale do Anhangabaú, região central da cidade, as centrais disseram que 200 mil pessoas acompanharam a celebração do Dia do Trabalho. Em todo o país, segundo eles, os protestos reuniram 1 milhão de pessoas.

Fonte: Com informações de Brasil de Fato, CUT e Exame)

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