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Foto: Centrais sindicais

CNTS se soma ao Dia Nacional de Luta em defesa da vida e do emprego

Movimentos Sociais

Diante da trágica situação que vive o país frente à pandemia do novo coronavírus, em decorrência das omissões e negligências do presidente da República, seguido por muitos governadores e prefeitos, as centrais sindicais, confederações, federações e sindicatos realizarão na sexta-feira, 7, ato nacional em defesa da vida, do emprego e contra a retirada de direitos.

A data deverá ser marcada por paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho como protesto pela morte de 100 mil brasileiros vítimas da Covid-19, número que deverá atingido ainda esta semana, se o país mantiver o patamar de mais mil vidas perdidas diariamente. Além da saúde das pessoas, preocupa também a questão econômica, que teve a crise aprofundada com extinção em massa de empregos e empresas.

O Dia Nacional de Luto e de Luta será marcado por assembleias, mobilizações, paralisações e atos simbólicos em várias categorias de trabalhadores. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde – CNTS, as federações filiadas e os sindicatos vinculados também estão incorporados às mobilizações em defesa do isolamento social, da disponibilização de equipamentos de proteção individual – EPIs, do fortalecimento do Sistema Único de Saúde – SUS e por melhores condições de trabalho.

Profissionais da saúde padecem na pandemia – Há motivos de sobra para que os trabalhadores da saúde se incorporem às atividades do Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. O Brasil registra recorde mundial de mortes de profissionais de enfermagem. Na linha de frente da batalha, 332 profissionais da enfermagem já perderam a vida lutando contra a Covid-19.

Além disso, pesquisa recente da Internacional dos Serviços Públicos – ISP, da qual a CNTS é filiada, revelou que 63% dos trabalhadores entrevistados não receberam EPIs adequadamente e mais de 69% não tiveram treinamento para Covid-19. A pesquisa ainda apontou que 54% desses trabalhadores informaram passar, no momento, por algum sofrimento psíquico.

Para piorar a situação, nesta terça-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o PL 1826/2020, que permitiriao pagamento, pela União, de compensação financeira de R$ 50 mil aos profissionais e trabalhadores de saúde incapacitados permanentemente para o trabalho por conta da Covid-19. O projeto era um alento aos profissionais da saúde, que têm desempenhado com brilhantismo o atendimento à população e entregado todos os esforços na luta contra o coronavírus.

Por isso a luta constante da CNTS para garantir proteção aos trabalhadores da saúde. A Confederação já reivindicou ao TST e à Procuradoria-Geral do Trabalho – PGT medidas imediatas e eficientes do governo federal e da Confederação Nacional da Saúde – CNSaúde, entidade patronal, para assegurar prioridade da proteção e condições de trabalho que envolve a prestação de serviços em estabelecimentos de saúde públicos e privados, em todas as unidades da federação.

A CNTS também ingressou com ação civil pública no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região – TRT10 reivindicando imediata autorização de saque do FGTS para os profissionais da saúde. Já que inúmeros trabalhadores na saúde foram obrigados a elevar suas despesas com moradia, alimentação, transporte, dentre outras, sem que recebessem qualquer auxílio, comprometendo praticamente todos os recursos oriundos de seus salários e outros de reservas particulares com sério comprometimento de seu estado psicológico e efeitos psiquiátricos incontáveis.

Além da luta diária da Confederação pela redução de jornada de 30 horas semanais. A Confederação também cobrou da Câmara dos Deputados a aprovação, em caráter de urgência, do Projeto de Lei 2295/2000, que fixa a jornada de trabalho dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em 30 horas semanais.

“Infelizmente, o presidente da República se dedicou a facilitar os óbitos de milhares de brasileiros não apenas por um negacionismo passivo, mas lutando ativamente contra as medidas sanitárias, furando quarentenas e atacando duramente quem tenta salvar vidas. Por isto, o caminho é de luta e de unidade da classe trabalhadora. Não podemos ficar passivos enquanto milhares dos nossos padecem em decorrência do descaso, omissões e negligências do governo. A CNTS orienta sua base a participar das manifestações que acontecerão em todo o Brasil, observando-se a manutenção de atendimento nos serviços essências de acordo com os percentuais estabelecidos pela lei de greve. Todos ao Dia Nacional de Luto e Luta. Nenhum direito a menos!”, afirma o secretário-geral da CNTS, Valdirlei Castagna.

O Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST, do qual a CNTS faz parte, vai promover a live “Uma Hora Pela Vida” na sexta-feira, às 12h, em apoio ao Dia Nacional de Luta. Foto: FST

 

 

Fonte: Com informações das Centrais Sindicais

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