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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Centrais sindicais criticam modelo de capitalização e temem pelo futuro da aposentadoria

Reforma da Previdência

No Dia Nacional de Mobilização em defesa da Previdência e da Seguridade Social, centrais foram às ruas dialogar com os trabalhadores sobre os efeitos da reforma defendida pelo governo Bolsonaro

Em ato pelo Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Previdência e da Seguridade Social, realizado na quinta-feira, 22, as centrais sindicais fizeram ações para alertar os trabalhadores quanto aos riscos da reforma da Previdência defendida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. De acordo com as entidades, a proposta é ainda pior para os trabalhadores do que o projeto engavetado por Michel Temer, por trazer a capitalização do regime previdenciário.

O modelo, que vem sendo defendido pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, é criticado por impor que a contribuição seja feita apenas pelos trabalhadores em contas individuais, e também por conta dos resultados que a privatização da previdência tiveram no Chile, onde os aposentados, segundo lideranças sindicais, recebem menos da metade do salário mínimo do país.

De acordo com reportagem do início do mês do jornal Folha de São Paulo, o futuro ministro da Economia prevê a permissão para gestores da iniciativa privada administrem a poupança individual de aposentadoria dos trabalhadores.

Segundo o jornal, bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais, como Petros – Petrobras e Previ – Banco do Brasil, poderão se credenciar para gerenciar recursos depositados por trabalhadores. Este regime de aposentadoria vai ser possível apenas para aqueles que ainda entrarão no mercado de trabalho.

Eles terão acesso ao sistema por meio da carteira verde e amarela, uma promessa de campanha. Ela propõe um regime de trabalho formal mais flexível.

Apenas os direitos constitucionais, como férias remuneradas, 13º salário e FGTS, estariam garantidos. A equipe de Bolsonaro pretende, com isso, reduzir os custos trabalhistas para gerar mais empregos.

Neste modelo, todos os encargos previdenciários que incidem sobre o salário e que ajudam a bancar a aposentadoria de quem já se retirou do mercado de trabalho cairiam.

A poupança feita pelo trabalhador para sua aposentadoria individual seria compulsória e poderia ser acessada em caso de desemprego ou de uma vez só na velhice.

Fonte: Com informações da Rede Brasil Atual e Folha de São Paulo

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