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Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

Opas alerta para possibilidade de segunda onda da Covid na América Latina

Coronavírus

Segundo a organização, países precisam manter medidas preventivas para evitar repetir o que vêm sendo observado na Europa. Situação em São Paulo é preocupante, com aumento de 48,7% nas internações na capital paulista.

A Organização Pan-Americana da Saúde – Opas não descarta a possibilidade de uma segunda onda do coronavírus na América Latina e chama atenção das nações do continente para a necessidade de medidas de prevenção. Segundo Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da instituição, é preciso continuar com o distanciamento social, uso de máscaras, lavar as mãos e evitar aglomerações. “O importante é manter a curva achatada, para que o sistema de saúde consiga atender os casos graves”.

Já o subdiretor da Opas, Jarbas Barbosa, ressaltou que o continente americano vive uma primeira onda prolongada e que as ações de contenção à propagação do vírus são essenciais. “Enquanto o vírus estiver circulando, precisamos manter as medidas”, afirmou. Ele alertou para os recordes de casos registrados nos Estados Unidos nos últimos dias, que puxam os números das Américas para cima.

Na quarta-feira, 4, o país contabilizou mais de 100 mil novas infecções em 24 horas. Na totalidade, as Américas registram mais de 21 milhões de casos da Covid-19 desde o início da pandemia. O total de óbitos chega a 647.393. Os números são os mais expressivos entre todos os continentes do planeta.

São Paulo tem alta de infecções – Após várias semanas consecutivas de queda, a capital paulista voltou a registrar aumento no número de internações por Covid-19. Dez dias depois da cidade entrar na fase 4, que coordena a reabertura do comércio e dos serviços, o número de pessoas internadas chegou a 228, o mais baixo desde o pico da pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, divulgados em 18 de outubro. Depois disso, houve um novo aumento, que se mostrou contínuo. Agora, a cidade chegou a 368 pessoas internadas, segundo o boletim municipal divulgado na quarta-feira, 4. Um aumento de 48,7% nas internações em cerca de duas semanas.

Além disso, segundo os dados do Boletim Coronavírus do governo estadual, a média móvel de novas internações por Covid-19 na grande São Paulo, que voltou a incluir a capital paulista no dia 9 de outubro, registrou novo aumento e uma tendência de platô, encerrando a queda que vinha sendo registrada desde o pico da pandemia, em junho. Os dados mostram que a média móvel de internações em 18 de outubro chegou a 499, menor valor desde o pico. Mas voltou a subir, chegando a 546, em 31 de outubro. E marcando 520 novas internações.

A média móvel de mortes por Covid-19 na cidade de São Paulo também voltou a subir, de acordo com os dados do governo estadual. Depois de chegar a 16,29 mortes por dia, em média, no dia 27 de outubro, os registros tiveram uma nova alta e ontem, 5, estão em 26 mortes por dia. Depois de encerrar outubro em queda, o número de novos casos também iniciou outubro apresentando uma tendência de alta, após a média móvel chegar a 646, em 19 de outubro. Em 1º de novembro, a média já estava em 841 novos casos por dia.

Situação preocupa – Os dados confirmam o apontamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, no final de outubro, de que havia uma tendência de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG na cidade de São Paulo. Cerca de 97% dos casos de SRAG em 2020 tiveram como causa o novo coronavírus. Segundo a Fiocruz, a capital paulista tem tendência de estabilização do número de novos casos – o que significa uma interrupção na queda – no curto prazo e tendência de aumento no longo prazo – período de aproximadamente seis semanas.

Fonte: Com Brasil de Fato e Rede Brasil Atual

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