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Foto: Pixabay

Em 2020, uma mulher foi vítima de feminicídio no Brasil a cada 7 horas

Violência contra a mulher

Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que foram registrados 1.350 casos de feminicídio em 2020; além disso, foram notificados mais de 230 mil casos de lesões corporais contra mulheres. Outro triste dado foi que o país somou 60.460 boletins de ocorrência de estupro no ano passado, isso representa um caso a cada oito minutos.

Em 2020, 1 mulher foi assassinada a cada 7 horas no Brasil por sua condição de gênero. É isso que aponta o novo levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, foram registrados 1350 casos de feminicídio no país. Mais da metade delas foram mortas em casa. Um aumento de 0,7% comparado com 2019.

A taxa, no entanto, não considera o número de homicídios de mulheres que chegou a 3.913, ou seja, 1 a cada 2 horas. O estado com maior taxa é Mato Grosso com 3,6 mortes a cada 100 mil. Na situação inversa, o Distrito Federal é o responsável pelo melhor índice (0,4), seguido por Rio Grande do Norte (0,7), São Paulo (0,8), Amazonas (0,8) e Rio (0,9).

Produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Anuário se baseia em dados das secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública. Em relação às circunstâncias e perfil das vítimas, o estudo revela que 1 a cada três mulheres tinha entre 18 e 29 anos. 62% delas eram negras.

E 9 em cada 10 mulheres foram mortas pelo companheiro ou algum parente. Nos casos de homicídio, esse índice chega a 14,7%, ou seja, foram vítimas do parceiro ou ex-parceiro íntimo – o que segundo o Fórum deveria constar automaticamente como feminicídio.

Ao contrário dos homicídios comuns, em que há maior prevalência de arma de fogo, as armas brancas foram mais usadas contra as mulheres. Em 55,1% das ocorrências, as mortes foram provocadas por facas, tesouras, canivetes ou instrumentos do tipo.

Além desses, o Anuário mostra outros dados referentes à violência doméstica e sexual cometidos naquele período. Em relação aos chamados de ajuda nos casos de agressões, foram feitas 1,3 ligações a cada minuto de 2020, num total de 694.131 no ano. Um aumento de 16,3% em relação a 2019. Enquanto houve 230 mil registros de lesão corporal.

De acordo com o relatório, o país somou 60.460 boletins de ocorrência de estupro no ano passado, ou uma queda de 14,1% comparado a 2019. Ainda assim, isso representa um caso a cada oito minutos, sendo que 87% das vítimas eram mulheres e 61% tinham até 13 anos – o que configura como estupro de vulnerável. Entre os agressores, 85,2% eram conhecidos da vítima.

Em números absolutos, a maior parte das ocorrências de estupro foi notificada em São Paulo, com 11 mil registros feitos. Já proporcionalmente, o Mato Grosso do Sul segue com o pior resultado do país, apresentando taxa de 68,9 casos por 100 mil habitantes. Em 2019, esse índice chegava a 82 estupros por 100 mil.

Fonte: Com Revista Marie Claire e Estadão

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