Fiocruz aponta possível alta de casos de síndrome respiratória aguda
Saúde
Estudo aponta que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, nas últimas seis semanas: Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
O boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, divulgado na quarta-feira, 18, indica que, em nível nacional, os casos Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG mantêm o cenário de interrupção de queda e de possível retomada de crescimento.
Diante dos números, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda cautela em relação a medidas de flexibilização das normas de distanciamento enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos seja reduzido. “Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida”, afirmou o pesquisador.
O coordenador do InfoGripe ressaltou ainda que seria necessário reavaliar as medidas de flexibilizações já implementadas nos estados com sinal de retomada do crescimento ou estabilização ainda em patamares elevados.
Quatro estados com crescimento – A análise tem como base dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) no período de 8 a 14 de agosto, com dados inseridos no sistema até 16 de agosto. O estudo aponta que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo nas últimas seis semanas: Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
Apenas cinco apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo: Alagoas, Mato Grosso – que apresenta subnotificação de casos de SRAG no Sivep-Gripe em razão de sistema próprio de registro, segundo a Fiocruz; Paraíba, Roraima e Tocantins.
Na Paraíba, observa-se sinal de crescimento na tendência de curto prazo, nas últimas 3 semanas, indicando possível interrupção na tendência de queda, sinal que também está presente em outros 10 estados.
Seis capitais apresentam tendência de crescimento de casos a longo prazo: Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em oito capitais, foi observado sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Macapá, Maceió e Palmas.
Na tendência de curto prazo, cinco capitais apresentam crescimento: Aracaju,
João Pessoa, Natal, Porto Velho e Teresina.
A atualização do boletim mostra que oito capitais apontam para estabilização a longo e curto prazo. O que indica interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô em: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Recife, Rio Branco, Salvador, São Luís e Vitória.