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Foto: Freepik

Câncer laboral preocupa e MTE cria grupo para estudar medidas de prevenção

Saúde

O câncer ocupacional, causado pela exposição durante a vida laboral à agentes cancerígenos presentes nos ambientes de trabalho, representa de 2% a 4% do total dos casos de câncer no Brasil. Os fatores de risco podem ser externos ou hereditários, estando ambos relacionados e interagindo de várias formas para dar início às alterações celulares presentes na etiologia do câncer. Os tipos mais frequentes de câncer relacionados ao trabalho são os de pulmão, pele, bexiga e leucemias. Alguns agentes estão associados a estes cânceres como amianto, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, arsênico, berílio, radiação ionizante, níquel, cromo e cloroéteres.

Com o objetivo de aprofundar os estudos sobre medidas e procedimentos de prevenção referentes à exposição ocupacional a agentes cancerígenos, o Ministério do Trabalho, por meio da Portaria 741/2018, criou o grupo de estudo a ser composto por representantes do governo, da patronal e dos trabalhadores.

O diretor da CNTS e dirigente da Nova Central, Mário Jorge Santos Filho, integra o grupo – representando a central – e reafirma a importância do tema para a saúde dos trabalhadores da saúde. “Nossa contribuição neste grupo se dará na proteção integral dos trabalhadores. Sabemos que o nível de risco profissional no contato com agentes cancerígenos varia de acordo com as condições de trabalho e de exposição profissional. Neste caso, a implementação de normas de segurança se faz necessária tão quanto a fiscalização da aplicabilidade delas”.

Além disso, segundo Santos, “o empregador deve assegurar a formação adequada e suficiente dos trabalhadores e dos representantes dos trabalhadores para o início de uma atividade profissional que implique o contato com agentes que possam desenvolver câncer nos trabalhadores”.

A prevenção primária, com intervenções nos locais de trabalho, tem potencial maior de sucesso, não apenas evitando o surgimento de câncer, como reduzindo substancialmente a proporção de óbitos pela doença. Levantamento recente do Ministério da Saúde apontou que as exposições mais comuns foram à radiação ultravioleta da luz solar – atividades de trabalho sob exposição solar, principalmente entre pescadores e agricultores, aumentam o risco de câncer de pele – e ao fumo do tabaco presente em muitos ambientes de trabalho. Estes dois agentes, contribuíram para cerca de metade de todos os casos. (Com informações Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde)

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