Enfermagem de nível médio reivindica melhores salários e formação contínua, aponta Conatenf
Enfermagem
Após dois anos percorrendo o país, a Comissão Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem – Conatenf, numa campanha itinerante, apresentou relatório final ao pleno do Cofen com as principais demandas dos profissionais de nível médio. Entre as reivindicações figuram melhores condições de trabalho, salários compatíveis, serviços de recreação, convênios e cursos para formação contínua. Com função consultiva e propositiva, a Comissão – formada por cinco titulares e mesmo número de suplentes – assessora o plenário do Cofen na tomada de decisões sobre temas que têm impacto direto na profissão.
O membro efetivo da Comissão e diretor suplente da CNTS, Emerson Pacheco, ressalta a importância do trabalho na aproximação dos profissionais com os conselhos federal e regionais. “A criação da Comissão se deu num momento em que não havia qualquer representação de nível médio no Cofen. Tivemos importante papel em discussões como o novo código de ética e a regulamentação de atividades inerentes ao profissional de nível médio. Uma de nossas grandes vitórias foi garantir, nas eleições dos Coren’s, a presença obrigatória de um técnico ou auxiliar de enfermagem no cargo de tesoureiro”.
Ainda segundo Pacheco, a Conatenf esteve em todos os estados do Brasil. “Em cada um reuniu-se com os conselheiros, representantes sindicais, associações, e estudantes da enfermagem. Nosso objetivo foi elucidar acerca dos papéis dos conselhos regionais e dos sindicatos. Abordamos também temas como direitos do trabalhador, código de ética e a importância da inserção dos profissionais de nível médio no sistema. Hoje, apesar de não podermos votar, temos direito a voz em todas as reuniões do Cofen”.
“É uma experiência nova para o sistema Cofen/Coren’s abrir um diálogo franco, aberto e contínuo com os profissionais. Não podemos viver encastelados, alheios à realidade dos profissionais que estão na assistência”, afirmou o presidente do Cofen, Manoel Neri.
A coordenadora da Conatenf, Rosângela França, afirma que após visitas aos estados, percebeu que “muitos profissionais desconhecem o papel dos conselhos de Enfermagem, o que gera muita frustração, mas o diálogo com as entidades contribui para atuação conjunta e de forma articulada”, disse.