Participe do estudo que visa dar visibilidade a “profissionais invisíveis” da pandemia
Sociedade
Este mês de junho é a última oportunidade de participar da pesquisa inédita da Fiocruz “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”. No Brasil, mais de um 1,5 milhão de trabalhadores de níveis técnico/auxiliar e tecnológico da Saúde enfrentam, diariamente, não só milhares de novos casos e centenas de óbitos relacionados à Covid-19, mas também um cotidiano anônimo e, por vezes, de “invisibilidade” diante da própria equipe, suas instituições e a sociedade em geral.
A pesquisa considera trabalhadores invisíveis da Saúde os técnicos e auxiliares de enfermagem, de Raio X, de análise laboratorial, de farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de segurança, limpeza e conservação e agentes comunitários de saúde.
Com apoio da CNTS, a pesquisa tem o intuito de entender as condições de vida e trabalho dos profissionais de saúde, estes que tem grande contribuição nesse período de enfrentamento da pandemia. Além disso, esse estudo irá auxiliar as entidades profissionais a criarem propostas de melhorias para o Sistema de Saúde do país, além de implementar o desenvolvimento de ações estratégicas e políticas públicas no campo da gestão e trabalho.
A CNTS conclama suas entidades filiadas e vinculadas e os trabalhadores de base a participarem deste importante estudo que visa analisar as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dessa força de trabalho buscando as alterações a que tiveram que se submeter emergencialmente durante a pandemia.
O questionário é anônimo e todas as informações declaradas irão permanecer em sigilo. Participe da pesquisa, sua participação é muito importante! Acesse o link e responda ao questionário, clicando aqui.
Sobre a pesquisa – No Brasil, contabiliza-se mais de 2 milhões de trabalhadores de nível técnico, auxiliar e apoio, dos quais 1,5 milhão estão na linha de frente do enfrentamento à Covid-19. Cerca de 1.800 milhão são auxiliares e técnicos de enfermagem; 230 mil são auxiliares e técnicos de Saúde Bucal; 29 mil são técnicos de Laboratório; 20 mil são técnicos de Nutrição; 85 mil são técnicos de Radiologia; além de milhares de trabalhadores que apoiam e dão suporte a essa força de trabalho em saúde, atuando diretamente na assistência – condutores de ambulância, maqueiros, pessoal da limpeza, manutenção, segurança, pessoal da administração e recepção, entre outros.
Durante a pandemia, esses trabalhadores lidam com a escassez de material EPI; infraestrutura precária; inadequadas condições de trabalho; ritmo de trabalho elevado e estressante; vínculo de trabalho precário; insegurança do e no trabalho; desconforto; desproteção no trabalho, entre outras questões.
“Essa legião de trabalhadores da Saúde está cotidiana e diretamente na linha de frente atendendo a mais de 8 milhões de contaminados pela Covid-19 e lidando com mais de 200 mil óbitos em todo o país. Além disso, estão expostos à infecção, sofrem com a morte de colegas, e boa parte está desprotegida de cuidados necessários, sem, de fato, ter voz e meios de expressar a real situação no cotidiano do seu trabalho e de sua vida pessoal, no que se refere à saúde física e mental”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Helena Machado.
O questionário explora aspectos objetivos e subjetivos sobre como esses trabalhadores lidam com a pandemia em seu dia a dia: se o trabalhador teve Covid-19 e se sente protegido em seu ambiente de trabalho contra o coronavírus; se sofreu algum tipo de violência ou discriminação; o que mudou em sua rotina profissional durante a pandemia e se houve mudança da carga horária de trabalho; se há Equipamentos de Proteção Individual (EPI) disponíveis e se houve treinamento adequado para sua utilização; “Desejamos analisar em profundidade as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores de nível médio e auxiliar, o qual denominamos de trabalhadores invisíveis da saúde”, completou Machado.
Sou a Marlei agente de saúde e não, não tivemos treinamento adequado para uso de IPIS poucas vezes fomos testados e mesmo com medo estamos indo nas casas mesmo sem necessidade onde não há pessoas com comodidades muitas vezes fiquei sem receber máscara e tendo que usar de pano compradas por mim mesma, passei mal várias vezes mas a burocracia para fazer exames e desanimador daí sem sintomas graves melhor não incomodar os superiores assim o incômodo é menor já surtei com colegas nesse período, com familiares várias vezes o emocional super abalado mas não tem o que fazer é por si próprio que temos que seguir na luta todos os dias a carga horária continua igual sem restrição