292
Foto: AdobeStock

No epicentro da pandemia, profissionais da saúde estão sem proteção

Coronavírus

Em nova parcial da pesquisa do ISP, 62% dos trabalhadores entrevistados informam que não receberam EPIs adequadamente e mais de 60% não tiveram treinamento para Covid-19.

De acordo com o segundo relatório parcial do questionário online aplicado pela Internacional de Serviços Públicos – ISP e entidades afiliadas junto a trabalhadores que atuam na área de saúde e em serviços essenciais de enfrentamento da pandemia do coronavírus, 62% dos entrevistados informam que não receberam Equipamentos de Proteção Individual – EPIs em quantidade suficiente nos locais de trabalho. O índice é levemente menor do que na parcial anterior, 67%, mas ainda assim são números alarmantes.

Outro fator de grande preocupação é a afirmação de que a maioria, tanto de profissionais de saúde – 64%, quanto de outros trabalhadores de serviços públicos – 80%, não receberam treinamento adequado para lidar com as situações de atendimento decorrentes da pandemia. Em relação a semana anterior, o número diminuiu para profissionais de saúde – 69% e aumentou para outros trabalhadores de serviços públicos – 77%.

Os dados são do levantamento feito pela Internacional dos Serviços Públicos – ISP, entidade da qual a CNTS é filiada, no âmbito da campanha “Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas”. A pesquisa iniciada em 31 de março já recebeu 1.794 respostas, abarcando diversos estados brasileiros. São Paulo foi a unidade da federação de maior participação até o momento, seguido do Ceará e do Rio de Janeiro.

O perfil da maior parte das respondentes, até o momento, se identifica como profissional da área de saúde, mulheres e servidoras públicas, 43% são enfermeiros.

Sofrimento psíquico – Das respostas coletadas, 53% revelam sofrimento psíquico em função do trabalho, tais como sintomas como ansiedade, depressão, irritabilidade, transtorno de estresse agudo, entre outros.

Segundo os respondentes, 93% não recebem hospedagem, mesmo sendo profissionais que não podem retornar para suas casas, pois convivem com pessoas do grupo de risco.

Campanha para salvar vidas– A divulgação dos resultados não encerrará o período de envio do questionário, que leva menos de cinco minutos para ser preenchido. A ISP quer saber sobre as reais condições de trabalho dos profissionais: como está a jornada de trabalho, se teve capacitação para uso de EPI, se no local de trabalho há testagem para o novo coronavírus. Continue participando da campanha, clicando aqui.

A campanha conta com participação de entidades filiadas e não filiadas, como federações nacionais de psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas. A CNTS, filiada à ISP, participa da campanha e reforça seu compromisso na luta pela proteção dos profissionais da saúde e de serviços essenciais.

CNTS

Uma opinião sobre “No epicentro da pandemia, profissionais da saúde estão sem proteção

  • Noel Moreira

    É muito importante esse trabalho , sou presidente do Sindicato da Saúde de Bauru e Região e estamos denunciando a FAMESP desde o começo da pandemia do covid19 por falta de EPIs nas unidades, o epsentro da contaminação é no hospital estadual mais precisamente dentro da Hemodiálise com mais de 20 funcionários afastado 9 deu positivo para covd19, e o hospital diz que está tudo bem está correto .
    Ainda sendo atestado pelo promotor da saúde que está tudo tranquilo dentro da FAMESP. Já temos obtos com pacientes que faz diálise . Infectado por covd19.

Deixe um comentário para Noel Moreira Cancelar resposta

Enviando seu comentário...
Houve um erro ao publicar seu comentário, por favor, tente novamente.
Por favor, confirme que você não é um robô.
Robô detectado. O comentário não pôde ser enviado.
Obrigado por seu comentário. Sua mensagem foi enviada para aprovação e estará disponível em breve.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *