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Foto: Freepik

No Dia Internacional do Idoso, ONU alerta para importância do envelhecimento com saúde

Idosos

Celebrado em 1º de outubro, o Dia Internacional do Idoso foi instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU como forma de lembrar da importância de investir em saúde no processo de envelhecimento. A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A ampliação do acesso a serviços de saúde e de saneamento nos últimos anos está encaminhando o Brasil para se configurar como um país com mais idosos do que crianças. A expectativa é de que, até 2055, o número de pessoas com mais de 60 anos supere o de brasileiros com até 29 anos.

A velhice é mais uma fase da vida e pode ser bem longa. Hoje em dia muitos países convivem com idosos de diversas gerações. A ONU divide os idosos em três categorias: os pré-idosos (entre 55 e 64 anos); os idosos jovens (entre 65 e 79 anos – ou entre 60 e 69 para quem vive na Ásia e na região do Pacífico); e os idosos de idade avançada (com mais de 75 ou 80 anos). Com a elevação da expectativa de vida, a chamada terceira idade esticou bastante. Isso aconteceu por vários motivos, mas os principais são os avanços da medicina e as melhorias na qualidade de vida. Se a população está ficando mais velha, também está ficando mais saudável.

Nos últimos anos é cada vez mais raro as pessoas na faixa etária entre 60 e 65 anos estarem fora do mercado de trabalho. Confirmando essa tendência contemporânea, estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea aponta que a presença de idosos no mercado de trabalho passou de 6,3% em 2012 para 7,8% em 2018. O aumento dos mais velhos na força de trabalho se dá por dois fatores: necessidade de garantir a renda familiar e aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Dados do IBGE mostram que mais de 17 milhões de famílias no Brasil têm um idoso como provedor. Significa dizer que 24,89% dos lares, ou quase um quarto, têm como responsável pelo sustento uma pessoa com mais de 60 anos. Esta proporção ganha ainda mais destaque nas áreas rurais. Nos municípios com até 20 mil habitantes, cerca de 35% dos idosos contribuem com 30% a 50% do rendimento familiar mensal.

A má alimentação, o sedentarismo, o consumo de cigarro e álcool colaboram para o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis – infarto, AVC, diabetes e hipertensão, exigindo formas de organização do sistema público de saúde para promover o cuidado e a prevenção. Análise realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, mostra que um em cada três idosos brasileiros apresenta alguma limitação funcional, em alguns casos, como consequência do aparecimento de doenças crônicas. Destes, 80%, cerca de 6,5 milhões de idosos, conta com ajuda de familiares para realizar alguma atividade do cotidiano, como fazer compras e vestir-se, mas 360 mil não possuem esse apoio.

A preocupação com a saúde tem sido, portanto, uma das principais causas da longevidade do idoso brasileiro. Índice da Fundação Getúlio Vargas para medir os gastos dos maiores de 60 aponta que o idoso compromete aproximadamente 8% da renda com saúde. Isso é o dobro da média da população mais jovem. A Organização Mundial de Saúde recomenda que os governos realinhem os serviços públicos de saúde para atender os idosos e deem apoio às famílias que cuidam de pessoas com mais de 80 anos e que toda a sociedade tenha projetos de participação para os maiores de 60, combatendo o isolamento e a solidão.

A melhor maneira de celebrar o Dia Internacional do Idoso é lembrando que você também vai chegar lá. Aprender a envelhecer faz parte da educação de todas as pessoas. Vamos comemorar com cuidados e atenções, respeito e gentileza, como todo idoso merece. A CNTS felicita a todos que alcançaram a melhor idade. Parabéns! (Com IBGE, Uol e G1)

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