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Foto: Mário Oliveira/Semcom-AM

Desemprego no Brasil bate recorde e atinge 13,1 milhões de pessoas

Trabalho e Emprego

Taxa de 13,8% é a maior da série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2012.

A taxa de desemprego no Brasil foi de 13,8% no trimestre de maio a julho de 2020, a maior da série histórica, iniciada em 2012, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. No mesmo período de 2019 a taxa ficou em 11,8% e no trimestre de fevereiro a abril deste ano, em 12,6%. A população desocupada chegou a 13,1 milhões de pessoas, aumento de 4,5% – 561 mil pessoas – em relação ao mesmo período de 2019.

A população ocupada também bateu recorde negativo, com diminuição de 7,2 milhões de pessoas – 8,1% e chegando ao contingente de 82 milhões de brasileiros, o menor da série histórica do IBGE. Em janeiro, ainda antes da pandemia, eram 94,2 milhões de brasileiros empregados. Com relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 11,6 milhões – 12,3% de trabalhadores.

Outros recordes ainda foram registrados na Pnad Contínua. A força de trabalho atingiu o menor número, com 95,2 milhões de pessoas, queda de 6,9 milhões – 6,8% na comparação com o trimestre anterior e 11 milhões –10,4% com relação ao trimestre encerrado em julho de 2019.

Os desalentados, aqueles que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por acreditarem que não há vagas na cidade onde residem, tiveram alta de 15,3% – 771 mil pessoas em relação a abril e 20% – 996 mil pessoas comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o IBGE, também foi recorde o percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada – 5,7%.

Já os subutilizados, ou seja, os brasileiros que trabalham menos horas do que gostariam, chegaram a 32,9 milhões de brasileiros e atingiram a marca de 30,1%, mais um recorde, alta de 4,5 pontos percentuais comparado a abril e 5,6 p.p. relacionado a julho de 2019.

A população subutilizada subiu 14,7% – 14,2 milhões de pessoas – com relação a abril e bateu recorde, alcançando 32,9 milhões de brasileiros nessas condições. Na comparação com julho de 2019, a alta foi de 17% – 4,8 milhões de pessoas. A taxa composta de subutilização ficou em 30,1%, outra marca inédita.

Todos esses dados indicam que o desemprego real pode ser bem maior do que o indicado pela taxa oficial. Para especialistas, o número não traduz fielmente o quadro do desemprego no país, já que o cálculo leva em consideração apenas aqueles entrevistados que disseram ter passado ao menos uma hora tentando encontrar uma vaga.

Adriana Beringuy, analista da pesquisa do IBGE, apontou que os números negativos são reflexos dos efeitos causados pela pandemia. “Os resultados das últimas cinco divulgações mostram uma retração muito grande na população ocupada. É um acúmulo de perdas que leva a esses patamares negativos”, disse a analista.

Fonte: Com Estadão e Folha de S.Paulo

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