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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desemprego é ainda mais severo para pessoas com deficiência na pandemia

Trabalho e Emprego

Segundo o Dieese, demissões dos trabalhadores com deficiência se iniciaram ainda em janeiro, e foram aprofundadas com a pandemia.

Nota técnica do Dieese divulgada na quarta-feira, 16, afirma que as pessoas com deficiência foram atingidas ainda mais severamente pelo desemprego durante a pandemia. Contudo, o fechamento de postos para trabalhadores com deficiência teve início ainda em janeiro, antes da chegada da Covid-19 no Brasil.

No período de janeiro a agosto de 2020 foram fechados 849 mil postos de postos de trabalho formais no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério da Economia. Do total de vagas fechadas, 171,6 mil, cerca de 20%, eram destinadas a esse grupo de trabalhadores.

Segundo o economista do Dieese Leandro Horie, a situação real de desemprego entre pessoas com deficiência é ainda mais grave do que mostram os dados, já que os números do Caged captam apenas a movimentação do mercado formal de trabalho.

“Ou seja, a crise foi muito mais acentuada para os trabalhadores com deficiência do que no mercado de trabalho formal em geral. As empresas desligaram muito mais do que contrataram. Elas mandaram embora 216 mil trabalhadores com deficiência, e contrataram apenas 40 mil. Essa diferença é de pessoas que saíram e não voltaram para o mercado de trabalho”, afirmou o economista em entrevista ao Jornal Brasil Atual.

Até 2018, os trabalhadores com deficiência com carteira assinada chegavam a aproximadamente a 500 mil no país. Portanto, o fechamento de vagas de janeiro até agosto é equivalente a mais de 30% desse total.

O cenário nesse segmento do mercado de trabalho é ainda mais preocupante. Segundo Horie, o governo do presidente Jair Bolsonaro ataca os direitos desses trabalhadores, colocando em xeque a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa Com Deficiência – Lei 13.146/2015. “Não apenas o Poder Público, mas também as empresas são também co-responsáveis por essa ofensiva do governo federal”.

Fonte: Rede Brasil Atual

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