787 mil profissionais de saúde foram afastados por suspeita de Covid-19
Brasil
Casos notificados de mortes desapareceram neste último balanço. Foram reportados 138 óbitos, mas, em 12 de junho, o Ministério da Saúde havia anunciado 169. Segundo o Cofen, quase 17.500 enfermeiros, técnicos e auxiliares se infectaram, e 196 morreram.
Suspeitos de contrair o novo coronavírus, mais de 787,6 mil profissionais de saúde precisaram se afastar dos seus postos de trabalho durante a pandemia no país. Do montante, 174.137 tiveram a confirmação para o vírus. O Ministério da Saúde confirmou, ainda, 138 mortes de trabalhadores da área pela doença. No entanto, o número diverge do anunciado em 12 de junho, quando a pasta confirmou 169 mortes.
“São dados das secretarias de saúde. É possível que tenham feito uma revisão pelos estados e municípios, gerando uma correção. De qualquer forma, vamos olhar”, informou a assessoria de imprensa da Saúde.
Enquanto óbitos “sumiram”, o número de suspeitos de contrair a Covid-19 praticamente quadruplicou nos últimos dois meses. Em 14 de maio, o total de casos suspeitos em trabalhadores da área era de 199,7 mil. Desta vez, o Ministério da Saúde não informou quantos casos e óbitos ainda estão sob investigação. Há dois meses, o percentual aguardando resultado era de 57,2%.
Outro gargalo está nas informações de profissionais adoecidos no Espírito Santo e Paraná, número que não entrou para o balanço nacional. Segundo a pasta, o motivo foi que os dados não estavam interligados ao sistema federal e-SUS Notifica.
A maioria dos profissionais que foram afastados com a confirmação da doença são técnicos e auxiliares de enfermagem e enfermeiros, justamente aqueles que mais mantêm o contato com os pacientes. Juntos, as duas categorias representam 49,1% dos afastados. Outros 19,1 mil médicos também foram afetados pela doença.
Profissionais da enfermagem padecem na pandemia – O Brasil bateu recorde mundial de mortes e infecções de Covid-19 entre profissionais de saúde. Segundo especialistas, o país chegou a essa situação por descaso dos governos federal e estaduais, falta de equipamentos de proteção contra o coronavírus e desqualificação profissional de médicos e enfermeiros convocados para combater a doença.
O país é o triste recordista mundial de profissionais da saúde mortos pelo novo coronavírus: 52% dos casos ocorreram aqui. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem – Cofen quase 17.500 enfermeiros, técnicos e auxiliares se infectaram, e 196 morreram. Dos óbitos, 65,85% são mulheres e 34,18% homens.