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Foto: Divulgação

Violência contra a mulher no mercado de trabalho é tema de cartilha do MPT

Violência contra a mulher

Guia busca orientar e debater a igualdade de gênero no ambiente laboral

Como parte da campanha mundial da Organização das Nações Unidas – ONU “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, o Ministério Público do Trabalho – MPT lançou a cartilha “O ABC da violência contra a mulher no trabalho“. O guia traz temas como o assédio moral e sexual nas empresas, divisão sexual no trabalho e a cultura do estupro, com o objetivo de estabelecer canais de denúncias e levantar a discussão sobre a igualdade de gênero no ambiente laboral.

Só no último ano, o MPT recebeu mais de 300 denúncias de assédio sexual contra a mulher no trabalho e, de acordo com especialistas, o número de casos de violência por discriminação de gênero só não é maior por vergonha e medo das vítimas.

“Muitas vezes (o assédio) ocorre por achar que, a colega do trabalho ou a sua empregada, ela pode inclusive ser um objeto sexual, de discriminação, licitação e humilhação. E essa mulher intimidada com a situação acaba se calando, silenciando e não denunciando a prática muitas vezes até para evitar a perda do emprego”, afirma a procuradora do Trabalho Sofia Vilela Moraes e Silva.

A procuradora regional do Trabalho, Adriane Reis Araújo, ressalta ainda o assédio que as mulheres sofrem impacta negativamente na remuneração. “A violência contra a mulher repercute negativamente no ambiente de trabalho. Ela afeta diretamente a mulher, vítima ou testemunha, que sofre com baixa autoestima, inúmeras interrupções na carreira, adoecimento físico e mental. Como resultado, há redução da lucratividade da empresa pelo desperdício de talentos e de conhecimento. Esse é um problema que não afeta apenas os direitos humanos, mas também toda a economia, porque há uma redução do PIB com essa mulher recebendo menos”, adverte a procuradora.

A cartilha pretende contribuir para evidenciar o problema e orientar trabalhadores, empresas, sindicatos e toda a sociedade civil a debater a igualdade de gênero no trabalho.

Fonte: MPT
CNTS

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