VI Marcha da Classe Trabalhadora reúne mais de 30 mil manifestantes
A 6ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, organizada pelas centrais sindicais, com participação do Fórum Sindical dos Trabalhadores, das confederações, federações e sindicatos, dia 11 de novembro, reuniu mais de 30 mil manifestantes em Brasília. Os manifestantes andaram por quase quatro quilômetros pelo Eixo Monumental e Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, onde foi realizado um ato político, com a presença de diversos parlamentares. Uma delegação de sindicalistas, acompanhada do senador Paulo Paim (PT/RS), entregou a pauta de reivindicações aos presidentes da Câmara, deputado Michel Temer, e do Senado, José Sarney.
Dirigentes das federações filiadas e sindicatos vinculados à CNTS participaram ativamente da manifestação, que também contou com a participação de representantes de movimentos sociais, da União Nacional dos Estudantes e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
A principal reivindicação da marcha foi a aprovação da PEC 231/95, dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a jornada de trabalho semanal de 44 para 40 horas, sem redução de salários, e aumenta o valor da hora extra de 50% para 75%. Constou da pauta, também, a valorização do salário mínimo, aprovação do PL 01/07, que trata do salário mínimo; ratificação das convenções 151 e 158 da OIT, que tratam da negociação do serviço público e contra a demissão imotivada; não à precarização, retirada dos projetos de terceirização – PLs 4.302/98 e 4.330/04; aprovação da PEC 438/01, contra o trabalho escravo; trabalho decente para todos; e o marco regulatório do pré-sal.
Além das matérias defendidas pela marcha, o FST defendeu a contribuição assistencial, o fim do fator previdenciário, a derrubada da Portaria 186 e manifestou contra as práticas anti-sindicais. Em frente ao Supremo Tribunal Federal houve ato contra o Interdito Proibitório e outras práticas anti-sindicais, como ações do Ministério Público do Trabalho contra os sindicatos e contra a criminalização dos movimentos sociais. Os organizadores avaliam que a marcha tem sido um importante instrumento político de pressão para obter conquistas para a classe trabalhadora e destacaram como vitória a união das centrais em torno de assuntos de interesse comum dos trabalhadores. (Com Ag. DIAP)