Trabalhadores da saúde na luta por nenhum direito a menos
José Lião de Almeida*
O movimento unido das centrais sindicais realizou dia 24 de maio o ato Ocupa Brasília, na capital federal. A mobilização, que reuniu cerca de 200 mil manifestantes, faz parte da grande luta contra a destruição da legislação trabalhista e previdenciária promovida pelas reformas e agora também por eleições democráticas, diante da crise política motivada pelas graves acusações que pesam sobre o presidente da República.
O SinSaudeSP e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde – CNTS participaram desse ato e defendem uma solução democrática para o impasse, com a construção de um novo modelo de desenvolvimento, que não jogue toda a carga de sacrifícios nas costas dos trabalhadores e da população carente, já bastante penalizados com o desemprego e a crise política e econômica que vivemos nos últimos anos.
Além de reafirmar seu repúdio às reformas destruidoras de direitos, o movimento unitário das centrais, ao qual a CNTS está alinhado, defende a reconstrução da legitimidade das instituições políticas republicanas. Temos consciência de que o momento histórico que estamos vivendo é um dos mais instáveis e preocupantes dos últimos tempos, após somente um ano do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
É vital que a classe trabalhadora permaneça unida e mobilizada nesta hora de decisão, para que todas as conquistas obtidas em décadas de lutas e sacrifícios não sejam retiradas por interesses escusos. É preciso lembrar que dos 232 parlamentares que aprovaram o PL da terceirização (4.302/98), 193 são patrões. Dos 292 políticos que se posicionaram a favor da reforma trabalhista aprovada na Câmara em 27 de abril, 55% (163) são empresários e a maioria votou a favor da terceirização.
Abaixo as reformas: Nenhum Direito a Menos!
*Presidente do SinSaudeSP e da CNTS