Trabalhador deve estar atento às regras para aposentadoria
Sem apoio da base para aprovação da reforma previdenciária, o governo se viu obrigado a negociar a flexibilização de pontos da proposta. Entres as principais alterações previstas estão a mudança nas regras de transição, a alteração na idade mínima entre homens e mulheres, a redução do tempo de contribuição para receber o benefício no valor integral e a possibilidade de acúmulo de pensão e aposentadoria.
Os movimentos sindical e social, principais opositores da reforma, continuam a denunciar a tentativa do governo em retirar direitos principalmente da população mais pobre. O advogado especialista em Previdência Social, José Pinto, afirma que o cálculo do governo não leva em conta as receitas da Previdência.
“A reforma que o governo propôs está focada fundamentalmente nas despesas com os benefícios. Entretanto, várias empresas de diversos ramos não contribuem com a Previdência Social. Estes conglomerados econômicos, que são intensivos em mão de obra, deixam de repassar ao INSS cerca de 20% sobre a folha de pagamento todos os meses. Isto, somado às desonerações, bagunça as fontes de receita da Previdência. Para esta situação o governo não propõe uma reforma”.
Quem estiver próximo de se aposentar deve começar a reunir os documentos necessários para comprovar o tempo de serviço para não ser pego de surpresa. “As pessoas que estão próximas de se aposentar devem procurar se organizar documentalmente para poder encaminhar o seu benefício junto à Previdência. A gente aconselha que os trabalhadores liguem no telefone 135 para pedir o Cadastro Nacional de Informações Sociais, que é um registro de todas as empresas que você trabalhou e as contribuições feitas durante a vida laboral”, afirmou o especialista.