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Seminário 40 anos FEESSERS integra festa e debate sobre conscientização

Um dia para guardar na memória da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul – FEESSERS, que nos seus 40 anos, completados dia 25 de maio, optou por festejar no Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde, 12 de maio, organizando o Seminário 40 Anos FEESSERS e promovendo forte debate sobre a saúde, os trabalhadores e os rumos da profissão.

Já na abertura a discussão pegou fogo, com a mesa formada pelo diretor de Assuntos Culturais e Orientação Sindical da CNTS, Emerson Cordeiro Pacheco, o presidente da CUT Claudir Nespolo, o procurador chefe do Ministério Público do Trabalho, Fabiano Holz Beserra, e pelo presidente da Federação, Milton Kempfer.

“Nós sindicalistas não podemos deixar de sonhar”, afirmou Emerson Cordeiro Pacheco após falar sobre organização sindical e as muitas dificuldades de garantir que o direito à organização seja exercido sem a pressão das chefias. Mas, principalmente, depois de discorrer sobre a gravidade do projeto de terceirização, que “acaba com todo processo de trabalho da forma como conhecemos hoje, planos de carreira, possibilidade de ascensão profissional, entre outros fatores”.

Emerson acentuou o fato de que os empresários pretendem reduzir custos com este novo formato de relações trabalhistas, mas na verdade, “querem reduzir custos às custas do trabalhador tão somente”. Ainda assim o sonho continua e depende da organização de todos.

Impressionado por não ver greve geral em função da terceirização, o procurador Fabiano Holz afirmou categoricamente que o projeto foi estruturado claramente para prejudicar o trabalhador. E o pior, segundo ele, “é que, parece haver uma falta de conscientização ou desinformação sobre os fatos”, disse. “Falamos de atrasos de FGTS, de salários, do não cumprimento da NR 32 e de empresas sem idoneidade alguma, que contratam, escravizam em alguns casos, somem, deixam os trabalhadores sem nada”.

O procurador deu como exemplo o caso de um trabalhador que volta para casa sequelado e, sem o suporte trabalhista, só piora. “Para isso, não existe reparo”, assegurou. Firme e determinado, comentou que o papel do MPT é social e voltado para a defesa do trabalhador, razão pela qual ficou estarrecido com a postura da Força Sindical, apoiando o projeto contra todas as categorias. E, a exemplo dos demais, conclamou a todos para o ato do dia 29. Para os Sindisaúdes sinalizou com a ideia de que entrem em contato com os procuradores locais, para que possam estreitar as relações e aproximar os interesses.

Em tom de brincadeira, o presidente da FEESSERS, Milton Kempfer, citou o diretor Gilmar França, que costuma dizer que “hospital não é lugar de lazer, tanto que ninguém é convidado para visitá-lo”. Com isso, Milton expressou sua preocupação com a parada nos investimentos para a saúde imposta pelo governador Sartori. “Não queremos voltar à época em que éramos lanterninhas em investimentos na área, porque sabemos que sempre estoura nos trabalhadores”, disse ele. Seguindo a linha de preocupação geral, reafirmou a integração da Federação nas lutas dos hospitais, das centrais sindicais e dos Sindisaúdes filiados. Milton alertou para a importância do ato dia 29 de maio.

Claudir Nespolo afiançou seu orgulho diante da entidade que está filiada desde o ano de 1997 e traz em sua trajetória acúmulo de lutas conjuntas de relevância para os trabalhadores. Em relação à saúde, foi enfático em dizer que os 12% de aplicação dos recursos “são o mínimo, definido em lei, mas a aplicação deveria ser bem acima deste percentual”. Claudir ressaltou as dificuldades que a classe trabalhadora hoje enfrenta, devido a grande alteração sofrida na correlação de forças do Congresso Nacional, composto por uma maioria assustadora de deputados conservadores e anti-trabalhistas.

Sobre as terceirizações propostas pelo PL 4.330, os trabalhadores precisam compreender o real significado disso, ou seja, estamos falando da falência de todas as relações de trabalho atuais. Por isso, conclamou a todos a participarem do Dia Nacional de Greves e Paralisações contra a Terceirização, marcado para 29 de maio. Segundo ele, “precisamos todos unir forças, chamar outros sindicatos e a população em geral”. (Fonte: FEESSERS)

CNTS

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