Sateal rejeita propostas do Sindicato dos Hospitais em assembleia geral
Reunidos em assembleia geral extraordinária na quarta-feira, 7, no auditório da Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL em Maceió, auxiliares e técnicos de enfermagem rejeitaram a proposta salarial apresentada pelo Sindicato dos Hospitais, que ofereceu reajuste de 3% para a categoria.
O Sindicato reivindica aumento de 10% para os trabalhadores e a manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva. A plenária deliberou que a direção executiva do Sindicato promova reuniões por municípios, para discutir o detalhamento de toda a pauta.
Além do reajuste, o Sindicato dos Hospitais apresentou proposta que altera a jornada de trabalho diurna, sugerindo que os profissionais passem a fazer escala de 12 horas de trabalho, com 36 horas de descanso. A proposta foi rejeitada. “Hoje não temos, na prática, o dimensionamento dos profissionais. Com isso, os trabalhadores que já atuam de forma sobrecarregada passarão a acumular pacientes dos turnos manhã e tarde. Além do acúmulo de função, a possibilidade de redução de quadro aumenta consideravelmente, colocando em risco a saúde do trabalhador e a segurança e assistência aos pacientes”, alertou o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho.
Outra proposta rejeitada foi o fracionamento das férias proposto pelo SindHospital. A entidade patronal propôs dividir as férias em três períodos. “Se hoje já temos unidades de saúde que só pagam as férias depois que o trabalhador retorna ao serviço, o período de pagamento dessas férias fracionadas não ficou claro para o Sindicato, portanto não podemos pactuar este ponto”, completou o presidente.
Também durante a assembleia, o Sateal recebeu o presidente do Conselho Regional de Enfermagem – Coren, Renné da Costa, que foi questionado quanto a falta de fiscalização nas unidades de saúde. Segundo diretores do Sindicato, os hospitais são notificados com antecedência da ida de técnicos do Coren, o que ajuda a “maquiar” as condições de trabalho das unidades de saúde. Com isso casos de sobrecarga de profissionais, ausência de enfermeiro supervisor, falta de locais de descanso e ausência de equipamentos de proteção individual não são detectados.
Renné reconheceu a dificuldade do Corem em fiscalizar as unidades de saúde e alegou falta de estrutura do Conselho para intensificar as inspeções. “O presidente do Sateal já nos ofereceu até o carro para que possamos aumentar o número de vistorias nos hospitais, mas temos uma equipe muito reduzida e não podemos contratar ninguém, já que o Conselho é subordinado ao órgão federal e só contrata via concurso público”, disse.
O presidente do Conselho ainda afirmou que pretende fazer uma força tarefa para analisar as inúmeras denúncias envolvendo hospitais e clínicas em Alagoas e que vão propor ações para punir as irregularidades encontradas. (Fonte: Sateal)