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Foto: Sindserh RN

Reunião com administração da Ebserh frustra e impasse pode levar à greve

ACT EBSERH

Empresa insiste em mudança de regras de insalubridade e reajuste zero, mas diz que pode apresentar nova proposta na próxima semana. Categoria rejeita retirada de cláusula pétrea e aprova, em plenária nacional conjunta, indicativo de greve a partir do dia 10 de maio.

Os trabalhadores da Ebserh de todo o Brasil participaram de Plenária Nacional Conjunta na terça-feira, 27, de forma virtual, onde, cansados da falta de diálogo com a direção da empresa, 95% dos trabalhadores aprovaram o indicativo de greve a partir do dia 10 de maio. Ao todo foram 667 votantes, sendo 634 votos a favor, 19 contra e 14 abstenções.

Em reunião nesta quinta-feira, 29, com representantes da administração da empresa, onde foram apresentadas as decisões da Plenária, os impasses continuaram. CNTS, Condsef/Fenadsef, Fenafar e Fenam, que representam os empregados da Ebserh na mesa de negociação, saíram frustrados de mais uma reunião. A representante da FNE não pôde comparecer à reunião presencial. Mostrando mais uma vez seu desprezo em dialogar com os trabalhadores, o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, general da reserva do Exército Brasileiro, Oswaldo Ferreira, sequer compareceu, mesmo as entidades solicitando sua presença.

Há mais de um ano o processo de negociações do ACT 2020/2021 esbarra em impasses. De um conjunto de 65 cláusulas apresentadas pela categoria, a empresa rejeitou 52. Além de impor reajuste zero nas cláusulas econômicas, a Ebserh quer mudar a aplicação da regra para o grau de insalubridade dos empregados, o que pode reduzir salários em até 27%. A mudança nas regras de insalubridade é considerada cláusula pétrea e item inegociável para a categoria. “Esta insistência de retirada de direitos por parte da empresa causa extrema indignação aos trabalhadores. Quem luta para salvar vidas, merece respeito. Manteremos nossa mobilização, independente da agenda da empresa”, afirmou o presidente da CNTS, Valdirlei Castagna.

Sétima vez no TST – O ACT 2020/2021 está no Tribunal Superior do Trabalho – TST. É a sétima vez que impasses entre empregados e a empresa levam o processo de negociação para mediação do acordo. Segundo os empregados da Ebserh, o atraso é culpa da empresa, que ignora o diálogo com os trabalhadores. A mobilização e processo de conscientização da categoria para necessidade de luta e preservação de seus direitos conquistados vão continuar.

Na próxima segunda-feira, 3 de maio, as entidades que participam da mesa de negociação farão reunião ampliada para discutir a data de uma nova plenária nacional, antes do dia 10 de maio, onde a categoria deve discutir se mantém o indicativo de greve e define os rumos do processo de mobilização. A expectativa é de que a empresa apresente uma nova proposta como sinalizou na reunião com as entidades. As assessorias jurídicas das entidades acompanham o processo e dão suporte técnico para auxiliar tanto no processo de mediação junto ao TST, quanto na organização de mobilização aprovadas pela categoria.

Os representantes das entidades gravaram depoimentos sobre o processo de negociações após a reunião de ontem com a empresa. Confira abaixo:

CNTS

Condsef/Fenadsef

Fenam

 

 

Fenafar

 

Fonte: Com Condsef/Fenadsef, Fenam e Fenafar
CNTS

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