4

Profissionais da saúde do Rio Grande do Sul encaminham campanha salarial de 2018

O Sindicato de Saúde de Passo Fundo – Sindisaúde/PF reuniu dirigentes sindicais e membros da categoria de todo o Estado do Rio Grande do Sul, dia 23 de fevereiro, em Passo Fundo, para debater a reforma trabalhista e encaminhar proposta sobre a campanha salarial dos trabalhadores da saúde 2018.

O evento aconteceu no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo e contou com a participação de cerca de 300 trabalhadores. Durante o encontro, os profissionais da saúde presentes votaram a pauta unificada que foi repassada ao patrono do Hospital São Vicente de Paulo. Os sindicatos reivindicam que os integrantes da categoria devem ter seus salários reajustados em 100% do índice INPC-IBGE, que orienta o reajuste do salário dos trabalhadores.

Um dos motivos para a solicitação do reajuste foi por conta dos dados apresentados pelo deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT), que rebateu a fala sempre repetida pelos gestores de hospitais públicos e filantrópicos, de que não há dinheiro para pagar corretamente categorias profissionais que são responsáveis por salvar vidas. Segundo o parlamentar, em 2011 os hospitais gaúchos receberam R$ 311 milhões. Em 2017 o setor recebeu R$ 1,558 bilhão, crescimento de 347%. Em compensação o piso regional para a faixa 2 – empregados em estabelecimentos de serviços de saúde – aumentou de R$ 624,05 para R$ 1.202,20, ou seja, 92%.

O problema, de acordo com o parlamentar “é que os recursos que são destinados aos hospitais não estão sendo distribuídos de forma correta e esta situação precisa ser explicada”.

Reforma trabalhista – Foram convidados para a reunião todos os funcionários de hospitais, clínicas médicas, odontológicas, laboratórios, clínicas de estética e pet shops de Passo Fundo e região. A Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do RS – Feessersf orientou os sindicatos filiados à entidade, após assembleias realizadas em todos os 27 sindicatos do Estado, a rejeitem integralmente a reforma trabalhista – Lei 13.467/17, que entrou em vigor em novembro do ano passado.

A reforma trabalhista modificou a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT em diversos ângulos, conforme o advogado Éverton de Ré, assessor jurídico do SindiSaúde. Segundo ele, diversas dessas mudanças acabam prejudicando principalmente o trabalhador da área da saúde, citando a questão da valorização dos acordos informais entre os patrões e funcionários acima da legislação, corte do imposto sindical, que anteriormente fortalecia entidades como o Sindisaúde, e a nova resolução que não inclui mais intervalos como parte da jornada de trabalho dos funcionários.

O presidente da Federação, Milton Kempfer, afirmou que é importante manter a resistência em relação às medidas propostas na reforma. “Não queremos perder nada do que o Sindicato tem conquistado nos acordos coletivos que têm sido renovados ano a ano”, ressaltou o presidente. A defesa da manutenção da participação dos sindicatos nos acordos também está inclusa na pauta unificada de 2018.

A Federação e os SindiSaúdes declaram ainda que os trabalhadores foram firmes na aprovação da continuidade do pagamento do imposto sindical, como forma de sustentação da luta.  (Fonte: Sindisaúde PF)

CNTS

Deixe sua opinião

Enviando seu comentário...
Houve um erro ao publicar seu comentário, por favor, tente novamente.
Por favor, confirme que você não é um robô.
Robô detectado. O comentário não pôde ser enviado.
Obrigado por seu comentário. Sua mensagem foi enviada para aprovação e estará disponível em breve.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *