Profissionais da enfermagem em Roraima deflagram greve por tempo indeterminado
Enfermagem
Servidores cobram melhores condições de trabalho, mudanças no plano de cargos e carreira e reajuste salarial.
Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem estão desde 29 de novembro com suas atividades suspensas por tempo indeterminado. A categoria cobra reajuste salarial, pagamento de progressão funcional, plano de cargos e carreira e remuneração e denunciam falta de condições de trabalho e falta de segurança nos hospitais.
De acordo com o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Roraima – Sindprer, mais de 3 mil profissionais cruzaram os braços e a paralização atinge todas as unidades de saúde da capital e dos 14 municípios do interior, que atuam com apenas 30% de profissionais para atender a população, como previsto em lei. “Estamos paralisando as nossas atividades por direitos e não por privilégios. Foram várias tentativas de diálogo com o governo e a Secretaria de Saúde sobre as nossas demandas. Entretanto, o Executivo não se pronunciou ou tentou diálogo. Estamos em greve pela falta de compromisso. Hoje não há recursos, falta estrutura, segurança e os salários da categoria são defasados”, afirmou o presidente do Sindicato, Melquisedek Menezes.
A enfermeira Raimunda Araújo, que trabalha há 15 anos na área, lamenta a falta de assistência aos setores da saúde e a negligência do governo em relação à categoria. “Hoje temos uma sobrecarga e a quantidade de profissionais é insuficiente para dar assistência à população. Neste momento, pedimos o apoio de todos para que esta greve dê resultados. Não estamos sendo indiferentes aos pacientes e às famílias, mas lutamos para exercer a nossa profissão da melhor forma”, destacou.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Estado afirma ainda que entende que a causa da enfermagem é justa, mas que sua gestão também tem compromisso com a saúde e o atendimento à população. Os ajustes necessários para melhorar as condições de trabalho da categoria estão sendo providenciados e implantados conforme a disponibilidade orçamentária do Estado.