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Foto: Divulgação

Pessoas são mais importantes do que economia, diz Papa Francisco sobre pandemia

Mundo

Discurso foi lido na Praça de São Pedro no momento em que governos de diversos países se preparam para reabrir a economia.

No momento em que os governos falam em reabertura da economia, apesar da pandemia do novo coronavírus seguir infectando e matando pessoas ao redor do planeta, em especial no Brasil, país onde o número de casos confirmados e óbitos passaram a ser um dos maiores do mundo, o Papa Francisco lembra que as pessoas são mais importantes do que a economia.

No domingo, 31, com uma Praça de São Pedro vazia por causa das medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus, entre elas o distanciamento social e a proibição de entrada de turistas, o Papa Francisco foi enfático ao defender a vida. “Curar as pessoas, não poupar (dinheiro) para ajudar a economia, (é importante) curar as pessoas, que são mais importantes do que a economia”, disse.

A fala do pontífice foi a primeira em três meses feita de sua janela para a Praça de São Pedro, no Vaticano, conforme o isolamento da Itália chega ao fim com 232.997 pessoas infectadas e 33.415 mortas pela Covid-19.

O papa Francisco não mencionou nenhum país, mas o discurso foi como um alerta para muitos governos que estão decidindo se reabrem suas economias para salvar empresas e padrões de vida, ou se mantêm o confinamento até que tenham certeza que o vírus está sob controle.

No Brasil, onde a pandemia já infectou mais de meio milhão de pessoas e levou a óbito mais de 29 mil, o isolamento sempre foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro que defende o isolamento vertical, só idosos e pessoas com comorbidade ficariam em casa, para, segundo ele, salvar a economia. A proposta é criticada por especialistas da área da saúde que apontam problemas como os jovens que saírem de casa contaminar os idosos ao voltar.

Bolsonaro chegou a levar um grupo de empresários ao Supremo Tribunal Federal – STF para pressionar os ministros pela reabertura da economia. Um deles disse que era preciso salvar os CNPJs. Na mesma semana, Bolsonaro teve reunião virtual com empresários e disse que eles precisavam pressionar os governadores para acabar logo com a quarentena.

De lá para cá, os estados foram decretando a reabertura do comércio. Até São Paulo, epicentro da pandemia decidiu reabrir o comercio. O governador João Doria fez uma espécie de escala de cores, as cidades vermelhas continuam com tudo fechado, as de cor laranja podem abrir alguns estabelecimentos e assim por diante, como se o estado não tivesse registrando diariamente número enorme de mortos e infectados.

Na Praça de São Pedro, as pessoas aplaudiram com entusiasmo quando o Papa conclui sua fala dizendo: “Nós, pessoas, somos templos do espírito santo, a economia não”.

Fonte: Com G1 e CUT
CNTS

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