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Parabéns Enfermagem!

A CNTS presta homenagem a todos os profissionais da enfermagem que fazem do cuidar do próximo uma meta e um ideal. Que dia e noite dedicam-se a amenizar o sofrimento dos doentes e seus familiares, enquanto buscam uma saúde integral e de qualidade para todos. Profissionais que são responsáveis pelas ações de promoção à saúde, prevenção de doenças, assistência à saúde e reabilitação do doente, seja nos hospitais ou demais instituições que necessitam de assistência.

O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado mundialmente desde 1965. Porém, oficialmente, esta data só foi estabelecida em 1974, a partir da decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros. O dia 12 de maio foi escolhido como homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a “mãe” da enfermagem moderna. De nacionalidade inglesa, ela nasceu em Florença, na Itália. Aos 17 anos, decidiu ser enfermeira, acreditando ter um chamado de Deus.

Foi na guerra da Crimeia, em que o Reino Unido participou entre 1853 e 1856, que seu trabalho se tornou mais conhecido e ela foi chamada de “Dama da Lâmpada”, instrumento que usava durante a noite para ajudar melhor os feridos. Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem secular do mundo, na Inglaterra, em 1860.

Os profissionais da enfermagem brasileira adotaram Ana Néri como heroína, pelos serviços voluntários prestados nos hospitais militares durante a Guerra do Paraguai. Nascida em Vila da Cachoeira do Paraguaçu, na Bahia, Ana Justina Ferreira se casou com o capitão de fragata da Marinha, Antônio Isidoro Néri, do qual adotou o sobrenome. Com a deflagração da Guerra do Paraguai, em 1865, os filhos de Ana Néri foram convocados. Inconformada com a separação, ela ofereceu seus serviços como voluntária para cuidar dos feridos, onde aprendeu com as irmãs de caridade da irmandade de São Vicente de Paulo noções básicas de enfermagem, tornando-se a primeira mulher enfermeira do Brasil.

Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e excesso de doentes, Ana Néri chamou a atenção, por sua dedicação ao trabalho como enfermeira, por todos os hospitais onde passou. Em Assunção, Capital do Paraguai, durante o cerco das tropas brasileiras montou uma enfermaria modelo. Com o fim do embate, em 1870, Ana Néri volta ao Brasil, trazendo três órfãos de guerra.

O Dia Internacional da Enfermagem passou a ser comemorado no Brasil em 1938, quando a data foi instituída pelo então presidente Getúlio Vargas. A data é comemorada em 12 de maio, dia em que nasceu Ana Néri. Segundo o decreto, na data devem ser prestadas homenagens especiais à memória de Ana Néri em todos os hospitais e escolas de enfermagem do país. E em 2009, seu nome, Ana Justina Ferreira Néri, foi assentado no livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

Outra grande pioneira da enfermagem no Brasil foi a baiana Francisca de sande. Combatendo a febre amarela que se alastrava por todo o país, ela ministrava os primeiros socorros aos enfermos, consolava aflitos e enterrava cadáveres. Mulher rica, enfrentou a aristocracia baiana e implantou em sua própria casa, com recursos próprios, um hospital improvisado, com a ajuda de médicos e de outros enfermeiros, pagou os remédios que administrava aos doentes, assim como roupas e alimentos. Faleceu em 21 de abril de 1702.

Raquel Haddock Lobo também reconhecida como uma brava profissional da enfermagem. Primeira diretora da célebre escola de Enfermagem Ana Néri, no Rio de Janeiro, hoje parte integrante da Universidade Federal, destacou-se pela capacidade administrativa e humana com a qual conduzia a escola, enfrentando problemas como a falta de recursos e remédios, mas contando com voluntários de todo o país.

No Brasil é comum a celebração da Semana da Enfermagem, instituída pelo Decreto 48.202, de 1960, assinado pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek. As comemorações vão de 12 a 20 de maio, datas nas quais ocorreram, respectivamente, em 1820 e 1880, o nascimento de Florence Nightingale e o falecimento de Ana Néri.

Quantas Florence, Ana, Francisca e Raquel atuaram e ainda atuam em silêncio por este Brasil, dispondo apenas da solidariedade e do carinho ao próximo? Nesta data, a CNTS presta homenagem a todos os profissionais auxiliares, técnicos e enfermeiros, como exemplos de dignidade e perseverança de que a saúde no Brasil ainda carece do essencial para ter alta da UTI. (Com informações da EBC)

CNTS

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