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Foto: Cinthia Bispo/CNTS

Oposição e movimento sindical definem estratégias contra reforma da Previdência

Reforma da Previdência

Parlamentares e representantes de servidores públicos e trabalhadores alinharam o discurso e organizam campanha midiática esclarecendo os efeitos e consequências da PEC 6/2019.

A Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados e entidades de servidores públicos e de trabalhadores se reuniram na quarta-feira, 24, para debater estratégias e ações em conjunto em relação à proposta de reforma da Previdência. A CNTS foi representada pelo vice-presidente, João Rodrigues Filho.

Em resposta aos avanços da Proposta de Emenda à Constituição – PEC 6/2019 na Casa, será organizado campanha de comunicação nas mídias sociais com slogan, hashtags e material de fácil entendimento esclarecendo a população sobre os efeitos e consequências da reforma da Previdência.

Para o vice-presidente da CNTS, João Rodrigues Filho, é preciso fazer enfrentamento combativo e de alto nível à reforma da Previdência. “Estamos diante da batalha das nossas vidas, não podemos fraquejar. Precisamos conscientizar os trabalhadores que esta proposta do governo é a destruição da aposentadoria. É necessário darmos recado para o governo e os parlamentares que eles não podem acabar com nossos direitos dessa forma”, afirmou.

Para o vice-presidente de Estudos e Assuntos Tributários da Anfip, Cesar Roxo Machado, na campanha midiática, é preciso mostrar o verdadeiro déficit que existe no Brasil. “O problema do déficit da Previdência é a grande mentira desta reforma, precisamos reverter isso e mostrar que o problema é o baixo crescimento do PIB, da desvinculação das despesas, das desonerações e isenções da parte tributária” esclareceu.

Além disso, as centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estão convocando os trabalhadores a ocuparem as ruas no dia 1º de maio em defesa da aposentadoria. Pela primeira vez na história, as centrais sindicais brasileiras se uniram em um ato unificado de 1º de maio, especialmente para lutar contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros.

Foto: Cinthia Bispo/CNTS

Do mesmo modo, os trabalhadores da educação estão preparando greve geral no próximo dia 15 de maio. Com mais de quatro milhões de trabalhadores em sua base, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE quer paralisação contra a reforma da Previdência e em defesa da educação pública.

O deputado José Guimarães (PT/CE), que conduziu a reunião, acredita que alinhando o discurso e as estratégias, é possível derrotar a medida. “Acho que o nosso esforço dará certo. Temos um período grande de resistência e mobilização. Nós resistiremos aqui dentro e vocês se mobilizam nas ruas”, destacou o parlamentar.

José Guimarães também ressaltou a necessidade de sensibilizar os parlamentares que votarão a proposta, para isso será necessário ampliar a campanha de mobilização nos domicílios eleitorais dos deputados, espalhando cartazes e faixas em locais movimentados sobre os malefícios da reforma da Previdência.

Tramitação da PEC 6/2019 – Na terça-feira, 23, a Comissão de Constituição e Justiça – CCJ da Câmara dos Deputados aprovou, por 48 votos a favor e 18 contra, o parecer do relator da reforma, deputado delegado Marcelo Freitas (PSL/MG). Os únicos que votaram contra o fim do direito à aposentadoria foram os deputados do PT, PCdoB, PSOL, PSB, PROS, PDT, Avante e Rede.

Nesta quinta-feira, 25, foi instalada a Comissão Especial que discutirá o conteúdo da reforma da Previdência. O deputado federal Marcelo Ramos (PR-AM) será o presidente do colegiado, a relatoria ficará com o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

CNTS

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