Na 2ª rodada de negociação, patronal propõe retirada de direitos e nega aumento real nos salários
Sindicatos de Base
No dia 18 de abril, o Sitessch iniciou a segunda rodada de negociações com a reivindicação de um reajuste salarial de 6%, justificando que os trabalhadores sofrem com baixos salários, há pouca valorização do trabalhador, uma demanda excessiva de trabalho diária e a evasão da categoria. Porém, a classe patronal como de costume iniciou as negociações desvalorizando a pauta dos trabalhadores, e apresentou a seguinte proposta:
- Aplicação do piso da categoria R$ 1.325;
- Aplicação do INPC do período;
- Fim do quinquênio;
- Fim do prêmio assiduidade;
- Pagamento da insalubridade somente após pericia;
- Jornada de 12×36 em geral;
- Fim das trocas de plantão entre outras;
- Fim dos repasses devidos a entidade sindical inclusive mensalidade dos associados.
A diretoria do sindicato argumentou em prol dos trabalhadores e contra a retirada das conquistas do Sindicato, dizendo que todo ano os trabalhadores aguardam um reajuste salarial justo, mas a classe patronal apresenta propostas de retirada de direitos e correção somente da inflação. A fim de garantir a melhoria das condições de trabalho, o Sitessch pontuou que não haverá acordo com retirada de direitos.
Agora é o momento de uma mobilização do trabalhador! É a hora de exigirmos que nossos direitos sejam garantidos. Precisamos mostrar que estamos insatisfeitos com a proposta da patronal, e que queremos nos sentir valorizados no nosso local de trabalho. Queremos aumento salarial sim!
Retrospectiva das negociações
A Negociação salarial 2019/2020 teve início no dia 4 de março do corrente ano, quando foi protocolado, junto ao sindicato patronal a pauta de reivindicação dos trabalhadores contendo, reajuste dos salários mais aumento real no percentual de 6%, no mesmo pedido consta ainda a reivindicação de 53 cláusulas de condições de trabalho.
No dia 19 de março ocorreu a primeira rodada de negociação entre patrões e empregados, nas dependências do Ministério do Trabalho e Emprego, tendo como mediador representante do Ministério. Na negociação, a classe patronal não apresentou nenhuma proposta nem de reajuste nem de condições de trabalho, marcando uma nova rodada para o dia 18 de abril do corrente ano.