Ministério da Saúde anuncia distribuição de terceira dose contra Covid a partir da segunda quinzena de setembro
Saúde
Medida será destinada, inicialmente, a pessoas imunossuprimidas e àquelas com mais de 70 anos de idade.
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira, 25, que vai distribuir doses de reforço contra a Covid-19 a partir de setembro deste ano. Conhecida também como “terceira” dose, ela será destinada, inicialmente, a pacientes imunossuprimidos e para pessoas acima de 70 anos de idade. A pasta informou ainda que vai reduzir, a partir de setembro, o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer e AstraZeneca de 12 para oito semanas.
De acordo com o anúncio feito pelo Ministério da Saúde, a dose de reforço será feita, preferencialmente, com o imunizante da Pfizer, mas também poderá ser feito, de forma alternativa, com vacinas da Janssen ou da AstraZeneca. Segundo o Ministério, a dose de reforço será aplicada em pessoas imunossuprimidas 28 dias após a aplicação da segunda dose. Para quem tem mais de 70 anos de idade, o reforço será aplicado naquelas pessoas que receberam a segunda dose há mais de seis meses.
Nas últimas semanas, países como Israel, Estados Unidos e Chile anunciaram que iriam dar início à aplicação da terceira dose.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a decisão sobre a dose de reforço foi tomada após consultas à Organização Panamericana de Saúde – OPAS e tem como foco diminuir as chances de a variante delta do novo coronavírus ter impacto grave sobre a população. “Em função, sobretudo da (variante) delta, da necessidade de aumentar a proteção à população,tratamos sobre o reforço de dose e esse reforço será direcionado primeiro aos imunossuprimidos”, afirmou o ministro.
Queiroga afirmou que o Brasil tem doses suficientes para dar início tanto à aplicação da 3ª dose quanto à redução do intervalo entre as duas primeiras doses da Pfizer e da AstraZeneca. Ele disse que, caso haja problemas na chegada dos imunizantes, a estratégia de reduzir o intervalo entre as duas primeiras doses poderia ser revista.
De acordo com o consórcio de veículos de comunicação, o Brasil tinha na terça-feira 575.829 óbitos e 20.615.008 casos de coronavírus. Ainda de acordo com os dados, a média-móvel de óbitos por Covid-19 nos últimos sete dias ficou em 730 mortes, o que representa a menor média desde novembro.