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Foto: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

Milhares vão às ruas do país em defesa da educação e da Previdência

Brasil

De norte a sul, manifestações uniram estudantes e trabalhadores contra os ataques do governo à educação e em defesa das aposentadorias

As ruas do país foram tomadas por mobilizações esta semana em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência. Milhares de estudantes, professores, sindicalistas, trabalhadores, ativistas dos movimentos populares e trabalhadoras rurais se uniram a fim de demonstrar indignação com a atual administração federal. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre realizaram manifestações que se espalharam por 204 cidades do país, mobilizando cerca de 1,5 milhão de pessoas, segundo balanço da União Nacional do Estudantes – UNE.

Assim como nas últimas grandes jornadas de protesto, nos dias 15 e 30 de maio, o repúdio aos cortes no orçamento do Ministério da Educação e da tramitação da proposta de reforma da Previdência permanecem. A novidade deste 13 de agosto foi o protesto contra o projeto “Future-se”, que prevê a criação de um fundo de R$ 102 bilhões para atrair investimentos internacionais no ensino superior.

Na marcha das Margaridas, as mulheres também mostraram sua força e reuniram mais de 100 mil trabalhadoras do campo nas ruas de Brasília em defesa da agroecologia, por saúde e educação no campo, pelo fim da violência contra as mulheres e pela garantia de uma Previdência Social e Solidária. Com batucada, alegria e reforço das mulheres indígenas, que realizaram sua primeira marcha na capital federal, o ato reivindicou soberania, democracia, justiça, liberdade e um país livre de violência.

Desde os anos 2000, a cada quatro anos, mulheres rurais marcham em memória de Margarida Maria Alves, liderança assassinada para defender os direitos de trabalhadores rurais. O protesto é a voz de quem produz o alimento do nosso país. A coordenadora geral da Marcha das Margaridas 2019, Mazé Morais, reforça a necessidade da manifestação para denunciar os ataques que a população brasileira vem sofrendo, em especial as mulheres. “Nós não vamos nos calar”, declara.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Demanda das mulheres – Elas pedem o fim do racismo, o respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos. Do alto do carro de som ecoa: “Brasília está florida, é o querer das Margaridas”. Ontem houve sessão também solene em homenagem à marcha na Câmara dos Deputados e Mazé Morais comentou do plenário a importância do encontro. “É um momento extremamente importante, uma semana expressiva, de muita luta, de muito desafio para todas nós. Momento em que as mulheres indígenas realizam sua primeira marcha em Brasília e momento em que todos os brasileiros vão às ruas em defesa da educação e da aposentadoria”, declarou.

Bloqueios na educação – R$ 7,4 bilhões. Esse é o valor bloqueado pela gestão Jair Bolsonaro sobre o orçamento de 2019 do MEC. Desse total, em torno de R$ 2 bilhões afetam instituições federais de ensino superior. O restante do contingenciamento atingiu outras áreas que ainda não foram especificadas pelo órgão, mas, aos poucos, os bloqueios são descobertos.

Na última semana, o Ministério bloqueou R$ 349 milhões do orçamento que seriam destinados à “produção, aquisição e distribuição de livros e materiais didáticos e pedagógicos para a educação básica”. Esse novo corte, dessa forma, impacta diretamente na educação primária, uma vez que a área atingida tem como objetivo auxiliar o desenvolvimento da prática pedagógica e de estimular a leitura e a escrita, bem como garantir o padrão de qualidade do material de apoito à prática educativa utilizado nas escolas públicas de educação básica.

Fonte: Com G1, Correio Braziliense, Rede Brasil Atual e Brasil de Fato
CNTS

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