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Foto: Getty Images

Mais de 600 funcionários são afastados dos quatro principais hospitais de SP

Coronavírus

No Hospital das Clínicas, ao menos 108 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas testaram positivo para a Covid-19. Hospital Albert Einstein já afastou 348 colaboradores

Pelo menos 609 funcionários e colaboradores de quatro dos principais hospitais da capital paulista já foram afastados por causa do coronavírus até ontem, 30. Maior hospital público do Brasil, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP já mandou para a quarentena 125 funcionários por causa da pandemia, segundo informações da jornalista Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo.

Entre médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliar de enfermagem e fisioterapeustas afastados, ao menos 108 testaram positivo para a Covid-19 – outros 50 aguardam o resultado do exame. Segundo a jornalista, 1.244 colaboradores do HC já realizaram testes do coronavírus.

Frente de batalha – No Hospital Sírio Libanês, 104 funcionários foram afastados, entre eles o infectologista Dadiv Uip, chefe do comitê de combate ao coronavírus em São Paulo, que testou positivo.

No Hospital Albert Einstein, sempre citado por Jair Bolsonaro pelo uso da hidroxicloroquina, 348 colaboradores foram diagnosticados com a doença e 13 estão internados. Destes, 169 são médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem – 47 já se recuperaram e voltaram ao trabalho.

Já no Hospital do Coração – HCor 32 médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas foram afastados por suspeita da Covid-19.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz também tem sofrido baixas em sua equipe por causa do novo coronavírus, com 66 colaboradores afastados. Desses, 38 são casos confirmados e 28 aguardam o resultado dos testes para a doença. Entre os afastados, 33 são profissionais de saúde, dois deles são médicos.

A contaminação de profissionais de saúde é uma das preocupações na pandemia do novo coronavírus. Nos países que foram mais afetados pela doença, são comuns os relatos de dificuldade de atendimento não só pelo grande número de doente e pela falta de respiradores para todos, como também por sofrer baixas na linha de frente do enfrentamento ao vírus. ​

Além disso, com o aumento da demanda por atendimento, os países registram falta de equipamentos básicos de proteção para as equipes hospitalares, como máscaras específicas, capotes que protegem o corpo, óculos e até mesmo luvas.

EPIs – No Brasil, já há relatos de escassez de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual. A AMB – Associação Médica Brasileira registrou mais de 2.500 denúncias sobre o tema. O estado de São Paulo lidera a lista de denúncias, com 855, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Não é só a falta de equipamentos de proteção que preocupa as pessoas da área. Os profissionais de saúde também têm relatado medo e apreensão. Um dos receios é levar o vírus para casa. A outra preocupação é quanto às possíveis mortes relacionada à sobrecarga do sistema de saúde.

Fonte: Com Folha de São Paulo e Revista Fórum
CNTS

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