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Foto: Coligação o Brasil Feliz de Novo

Juristas e PT vão ao TSE contra Bolsonaro por suposto abuso de poder econômico

Eleições 2018

Um grupo de centenas de juristas e advogados que anunciou apoio à candidatura presidencial de Fernando Haddad (PT) deve entrar ainda nesta quinta-feira (18) com processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). O motivo é a campanha ilegal contra o postulante do PT financiada por empresas e que se baseia na divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatSApp para prejudicar Haddad, conforme denunciou reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.

Na manhã desta quinta-feira, em São Paulo, Haddad recebeu um manifesto em seu apoio assinado por cerca de 1.500 juristas e advogados. No Twitter, o candidato denunciou que a campanha de Bolsonaro vem utilizando um esquema de divulgação de fake news bancado por empresários com o objetivo de influenciar o resultado das eleições. “Estamos diante de uma tentativa de fraude eleitoral. O esforço do Bolsonaro era pra liquidar já no primeiro turno. Ele contava que viraríamos a página e isso tudo não seria apurado. O que está hoje nos jornais não são indícios, são provas. Não estamos falando de suposições”, disse.

Segundo matéria da jornalista Patrícia Campos Mello no jornal Folha de S. Paulo, empresas estão comprando pacotes milionários de disparos em massa de mensagens nas redes sociais contra o PT, além de estarem preparando uma ofensiva em larga escala na semana que antecede o segundo turno. A prática é ilegal, uma vez que a legislação eleitoral veda a doação por empresas. Cada contrato com as agências pode chegar até R$ 12 milhões.

“Milhões de reais foram investidos em notícias falsas. Por meio de caixa 2 resolveram financiar uma campanha de difamação a meu respeito. E eu nunca tinha visto isso acontecer”, postou Haddad sobre a denúncia. “A Folha hoje comprova que o deputado Bolsonaro criou uma verdadeira organização criminosa com empresários que, mediante caixa 2, dinheiro sujo, estão patrocinando disparos de mensagens mentirosas no WhatsApp”, afirmou em seguida. Segundo Haddad, sua campanha já tem a informação de que há 156 empresários envolvidos.

Para ele, o caso deve ser apurado imediatamente. “Vamos acionar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral para impedir o deputado Bolsonaro de agredir violentamente a democracia como ele tem feito. Fazer conluio com dinheiro de caixa 2 pra violar a vontade popular é crime. Ele que foge dos debates, não vai poder fugir da Justiça”, disse o presidenciável em outra postagem.

Nesta quarta-feira (17), a coligação O Povo Feliz de Novo, que tem Haddad como candidato, levou à Polícia Federal um pedido de investigação do suposto envolvimento de Bolsonaro com as informações falsas, tratando o adversário como principal beneficiário de um esquema organizado de desinformação. A campanha de Bolsonaro nega as acusações. O PT também divulgou nota afirmando que a indústria de fake-news pró-Bolsonaro “é uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune”. “Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia”, diz o texto. (Fontes: Estadão, Folha de S. Paulo e portal 247)

CNTS

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