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IBGE corrige erros da PNAD, e novos dados apontam para redução da desigualdade

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE corrigiu nesta última sexta-feira (19) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, que haviam sido equivocadamente distorcidos. A análise, que foi feita em 2013 com 362.555 pessoas em 1.100 municípios, aponta informações sobre o perfil da população brasileira, educação, economia e acesso às tecnologias. 

Confira abaixo os números atualizados da pesquisa:

Perfil

Em 2012, a população brasileira foi estimada em 194 milhões. Este número saltou para cerca de 202 milhões em 2013. Deste total, 51,4% são mulheres e 48,6% são homens, que estão concentrados na faixa de 20 a 59 anos. Quanto a cor da pele, 46,3% se consideram brancos, 45% pardos, 8% se consideram de cor preta, 0,8% declaram ter outra cor de pele.  

Economia

A taxa de pessoas economicamente ativas (15 anos ou mais), em relação ao total da população da mesma faixa etária, era de 65,5% em 2013, o que indica estabilidade em relação a 2012, quando havia sido de 65,9%. Em comparação com 2008, a queda do indicador foi de 3,1 pontos percentuais. A Pnad mostrou uma tendência de menor participação na força de trabalho de jovens entre 15 e 29 anos. Em 2012, Entre as pessoas acima de 30 anos de idade, houve elevação.

Em todo o país, a taxa de desocupação foi de 6,5% em 2013, o que significou aumento em relação à taxa de 2012, de 6,1%. A alta não acontecia desde 2009, ano em que a crise econômica mundial se agravou. Essa taxa é a porcentagem das pessoas desocupadas (as que estão sem trabalhar, mas buscam emprego) em relação às pessoas economicamente ativas, de 15 anos ou mais.

Em 2013, os domicílios brasileiros apresentaram aumento de carros (alta de 4,8%) e motos (1,4%) nas garagens.  Outro destaque foi o crescimento de máquinas de lavar – são 7,8% mais residências com o eletrodoméstico. Na contramão estão aparelhos de rádio (queda de 4,4%) e DVD (-2,8%). Os índices de fogão e TV dentro dos domicílios brasileiros ficaram estáveis.

A população ocupada totalizou 95,9 milhões de pessoas em 2013, o que representou um crescimento de 0,6% na comparação com 2012.

O rendimento médio real de todos os trabalhadores em 2013 foi estimado em R$ 1.681 por mês, valor 5,7% superior à média verificada em 2012 (R$ 1.590) e 29,3% superior à média de 2001 (R$ 1.300).

Em 12 anos, os trabalhadores viveram dois momentos distintos: de 2001 a 2004 houve perdas anuais na renda e, de 2005 a 2013, ganhos reais. No ano passado, as maiores médias foram registradas no Distrito Federal (R$ 3.114) e em São Paulo (R$ 2.083), enquanto no Ceará (R$ 1.019), no Piauí (R$ 1.037) e em Alagoas (R$ 1.052) observaram-se as médias mais baixas.

Educação

Em relação aos anos anteriores, 2013 apresentou a menor taxa de analfabetismo, 8,5%. Em 2004, a população brasileira, que possuía 182 milhões de pessoas, tinha 11,4% de analfabetos [cerca de 21 milhões de indivíduos]. Atualmente, o país possui quase 17 milhões de analfabetos, o que representa uma redução, no índice de cidadãos que não sabem ler e escrever, na casa dos 4 milhões.

Acesso à tecnologia

O acesso à informação foi um dos principais fatores no aumento da qualidade da educação nos últimos anos. Os mecanismos com acesso à internet também são responsáveis pelo estreitamento da relação entre população e conhecimento de qualidade. Segundo a PNAD, pela primeira vez mais da metade da população brasileira tem acesso à internet. Em 2012, 49,2% da população tinha acesso ao mundo virtual. Já em 2013 este número subiu 1 ponto percentual, totalizando 50,1%. Dos que acessam a internet, as mulheres são 51,9% do total. A taxa de crescimento, no entanto, é a menor registrada pela Pnad: entre 2011 e 2012, ela foi de 6,9%; entre 2009 e 2011, 14,8%; e de 2008 para 2009, 21,6%. 

Houve também aumento no uso do celular. No ano de 2012, 72,8% da população tinha acesso aos aparelhos. Em 2013 este número deu um pequeno salto para 75,5% [cerca de 154 milhões de pessoas]. (Com IBGE e G1)

Fellype Sales
Assessoria de Imprensa da CNTS

CNTS

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