Grupo de trabalho vai discutir mudanças na Previdência Social
A criação de um grupo de trabalho, sob coordenação da Casa Civil da Presidência da República, para debater a reforma da Previdência foi o resultado da reunião do presidente interino Michel Temer (PMDB), com os presidentes das centrais Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB, na última segunda-feira, 16. Participaram do encontro também os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; da casa Civil, Eliseu Padilha; e do Trabalho, Ronaldo Nogueira. A CUT e a CTB não participaram da reunião.
Os dirigentes saíram do encontro com o compromisso de que eventuais mudanças serão precedidas de diálogo com as entidades representantes dos trabalhadores. A ideia é que o GT deve apresentar em 30 ou 40 dias um diagnóstico mais qualificado sobre o que precisa ser feito para assegurar equilíbrio ao sistema de Previdência Social.
As declarações do ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, sobre uma reforma da Previdência com a elevação da idade mínima para a aposentadoria, geraram apreensões no movimento sindical, porém, essa questão não foi tratada na reunião. Segundo os sindicalistas, os ministros manifestaram a intenção de encontrar uma solução duradoura para o financiamento da previdência pública.
Do lado patronal, a CNI defende junto ao governo a reforma do Regime Geral de Previdência Social – RGPS com base nas seguintes premissas: adotar idade mínima para as aposentadorias por tempo de contribuição; equiparar o diferencial do tempo de contribuição das mulheres ao dos homens e dos trabalhadores rurais aos demais na aposentadoria por tempo de contribuição; equiparar as regras para aposentadoria dos professores às dos demais trabalhadores; desvincular o valor dos benefícios previdenciários do salário mínimo; e diferenciar o piso dos benefícios previdenciários do piso dos benefícios assistenciais. (Fonte Diap e centrais)