Governo utilizou 39% dos R$ 404 bilhões liberados para o combate à pandemia
Política
Maior gasto autorizado até agora, segundo a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, se refere ao auxílio emergencial.
O governo federal gastou 39% dos R$ 404,2 bilhões liberados para o combate ao novo coronavírus. As despesas pagas até a última sexta-feira, 12, somam R$ 156,8 bilhões. Os números foram levantados pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, que mantém uma página com dados sobre a execução das despesas direcionadas à Covid-19.
O maior gasto autorizado até agora, segundo a consultoria, se refere ao auxílio emergencial de R$ 600. Foram disponibilizados R$ 152,6 bilhões para o benefício por meio de três medidas provisórias – 937/20, 956/20 e 970/20 –, dos quais cerca de metade – R$ 77 bilhões foram pagos até agora.
Depois do auxílio emergencial, a maior despesa é com a linha de crédito criada para financiar a folha salarial de pequenas e médias empresas. Dos R$ 34 bilhões disponibilizados pela MP 943/20, metade – R$ 17 bilhões foi executada. A linha de crédito foi criada pela MP 944/20.
A MP 963/20 é a que apresenta a menor execução entre as medidas provisórias. Dos R$ 5 bilhões reservados para o financiamento da infraestrutura turística nacional, apenas 7,6% foram gastos – ou R$ 379,1 milhões.
No total, o governo Bolsonaro editou 25 MPs de crédito extraordinário para financiar ações de enfrentamento aos efeitos da pandemia no Brasil. A primeira é do início de fevereiro (MP 921/20), anterior ao primeiro caso de infecção por Covid-19 no país, confirmado apenas do final daquele mês. A medida provisória liberou recursos para retirar brasileiros que estavam em Wuhan, na China, cidade onde supostamente surgiu o novo coronavírus.