Fórum Sindical dos Trabalhadores vai denunciar Michel Temer à OIT
O Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST em reunião nesta quinta-feira, 1º, decidiu formalizar denúncia na Organização Internacional do Trabalho – OIT, abordando o procedimento do presidente da República, Michel Temer e todos os ataques que vêm ocorrendo no Brasil, na tentativa de compras de votos pelo Poder Executivo aos parlamentares para aprovar a retirada de direitos dos trabalhadores e o desmonte do movimento sindical brasileiro.
O FST decidiu também que fará denúncias do procedimento do presidente do Tribunal Superior do Trabalho – TST, Ives Gandra, referente às suas declarações ofensivas à classe trabalhadora, além de criar plano de ação para impedir a aprovação da ‘reforma’ trabalhista (PLC 38/17). O cronograma conjunto de luta prevê desconstruir, em todas as instâncias, o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
O Fórum pretende visitar os gabinetes dos ministros do TST que se manifestaram contra a reforma trabalhista no Senado, alegando redução de vários direitos, como a terceirização da mão de obra e a dificuldade no acesso à Justiça trabalhista. Os membros do FST também elaboraram documento para encaminhar aos senadores. O intuito é sensibilizar os parlamentares acerca das graves violações de conquistas básicas dos trabalhadores.
O Fórum decidiu ainda, cobrar do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira o compromisso de que, nas mesas de negociações, o FST teria uma cadeira permanente nos espaços de acordos do Ministério do Trabalho. O coordenador Nacional do Fórum, Arthur Bueno, levantou a legitimidade de incluir o FST no Conselho Nacional do Trabalho, instalado nesta quinta-feira,1º de junho, reforçando ampla representação sindical do Fórum com suas 19 confederações filiadas, cobrindo um total de 66 milhões de trabalhadores no seu espectro de representação.
A próxima reunião, com característica deliberativa, será realizada no dia 6 julho, às 10h, com a meta de aprovar, entre outras coisas, o regimento interno do Conselho Nacional do Trabalho.
Em tese, o Conselho é composto por 30 participantes, sendo 10 representantes do governo, 10 dos trabalhadores e 10 do patronal para ampliar o debate sobre a CLT e a reforma trabalhista. O FST entende que participar do Conselho, como representante dos trabalhadores, é indispensável tendo em vista que o Conselho possui autonomia para propor ao presidente Temer vetos à reforma trabalhista. (Com informações FST e CNPL)