Na luta por inclusão, dignidade e respeito, São Paulo foi palco, nos dias 20 e 21 de junho,  do 1º Encontro Sindical LGBTQIA+ de Enfermeiros e Enfermeiras da FNE,  um marco importante na defesa dos direitos humanos e trabalhistas da categoria. A CNTS, cuja missão institucional inclui representar e defender os interesses individuais e coletivos dos trabalhadores da saúde, fez questão de estar presente e apoiar essa iniciativa tão necessária.

O Brasil carrega um triste e alarmante título: é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. Diante dessa realidade de violência, exclusão e desigualdade, o presidente da CNTS, Valdirlei Castagna, reforçou o compromisso das entidades representativas dos profissionais da Enfermagem em seguir firmes na luta por direitos, respeito e igualdade. “Enquanto a realidade for marcada por desigualdade e exclusão, nossa luta seguirá incansável. O respeito, a igualdade e a inclusão deveriam ser princípios básicos e naturais nas relações de trabalho e na sociedade”, destacou Castagna.

O Encontro, patrocinado pelo Sindicato dos Enfermeiros de São Paulo (SEESP) e com apoio da OAB São Paulo, contou com a participação de parlamentares, autoridades, lideranças sindicais e profissionais da enfermagem de diversas regiões do país. O objetivo central foi promover o diálogo, construir ações coletivas e fortalecer a inclusão e a valorização da diversidade nos ambientes de trabalho da enfermagem e na sociedade como um todo.

Com um só coro, as lideranças presentes defenderam a garantia dos direitos fundamentais da população LGBTQIA+: o direito à vida, à dignidade, à justiça, à liberdade de ser quem é, além da igualdade de oportunidades e condições de trabalho. 

A programação do evento foi marcada por palestras e rodas de conversa enriquecedoras, com temas como: políticas públicas de saúde para a população LGBTQIA+; estratégias para garantir o acesso universal e humanizado aos serviços de saúde; garantias e direitos da população LGBTQIA+ no ambiente de trabalho; relações sindicais e políticas de inclusão no Brasil; relações sindicais e políticas de inclusão no panorama Mundial e Interaméricas, entre outros temas. 

Ao final do encontro, foi aprovada a Carta Compromisso em defesa dos direitos da população LGBTQIA+, com a inclusão de cláusulas específicas nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs), visando garantir proteção, igualdade de oportunidades e condições dignas de trabalho para esses profissionais.