Empregadores devem FGTS para 8 milhões de trabalhadores

Levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN aponta que mais de 200 mil empregadores têm pendências com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS. A dívida total soma o montante de R$ 24,7 bilhões, afetando mais de 8 milhões de trabalhadores. O número leva em conta todos os devedores do FGTS, tanto os que ainda podem ser cobrados quanto os que tiveram a exigibilidade suspensa por algum motivo. Considerando as entidades que possuem dívidas exigíveis, o total de devedores é de mais de 187 mil. Desse montante, 307 são órgãos de administração pública, como prefeituras.

Muitos trabalhadores só descobriram que seus empregadores não depositaram o dinheiro do fundo quando tentaram sacar o FGTS de contas inativas. Se tiver depósitos a receber, o trabalhador pode tentar reaver o dinheiro, primeiro entrando em contato com a empresa, e depois procurando as Superintendências Regionais do Trabalho, agências do Ministério do Trabalho ou o sindicato da categoria.

A Procuradoria-Geral da Fazenda atua na recuperação desses créditos. Só no ano passado, o órgão conseguiu receber mais de R$ 139 milhões devidos ao fundo. Considerando apenas os débitos de FGTS inscritos em dívida ativa no ano passado e já em fase de cobrança pela procuradoria, até 1,1 milhão de trabalhadores poderão ser beneficiados a partir dos resultados de recuperação da instituição.

Dar publicidade à lista de devedores é uma das estratégias que a PGFN usa no processo de “perseguir” os devedores. As 20 empresas com as dívidas mais altas devem quase R$ 2 bilhões. Entre elas, pelo menos dez estão falidas, e outras estão em recuperação judicial.

Confira a lista com as 20 maiores devedoras ao FGTS:

Varig: R$ 643 milhões
Vasp: R$ 149 milhões
Associação Sociedade Brasileira de Instrução: R$ 120 milhões
Sociedade Universitária Gama Filho: R$ 100 milhões
TV Manchete: R$ 97 milhões
Eletropaulo: R$ 89 milhões
Laginha Agro Industrial: R$ 89 milhões
SMAR Equipamentos Industriais: R$ 74 milhões
Associação Superior de Ensino Nova Iguaçu: R$ 73 milhões
Teka: R$ 66 milhões
Associação Educacional São Paulo Apóstolo (Assespa): R$ 60 milhões
Bloch Editores: R$ 58 milhões
Zihuatanejo do Brasil Açúcar e Álcool: R$ 56 milhões
Jornal do Brasil: R$ 49 milhões
Associação Itaquerense de Ensino: R$ 47 milhões
Gazeta Mercantil: R$ 47 milhões
Ebid Editora Páginas Amarelas: R$ 46 milhões
Município de Itabuna (BA): R$ 42 milhões
Rádio Difusora São Paulo: R$ 40 milhões
SA Leão Irmãos Açúcar e Álcool: R$ 40 milhões

(Com informações: G1, PGFN e O Tempo)

CNTS

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