Em assembleia, trabalhadores rejeitam reforma de Previdência e organizam luta
Reforma da Previdência
A Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora contra o fim da aposentadoria, realizada em São Paulo, aprovou calendário de lutas e mobilizações nos locais de trabalho e nos bairros de todos os municípios do país
Enquanto o governo Bolsonaro apresentava detalhes da reforma da Previdência, que dificulta o acesso à aposentadoria, em especial para os mais pobres, centenas de trabalhadores protestavam contra o fim de suas aposentadorias em todo o país. Na Praça da Sé, no centro de São Paulo, onde foi realizada a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, eles rejeitaram as mudanças nas regras e prometeram lutar.
Para as centrais CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB a proposta apresentada pelo governo confirma a avaliação de que, caso esta medida seja aprovada, os trabalhadores irão morrer sem se aposentar.
A categoria critica que a proposta de reforma eleva as idades mínimas de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres e estabelece o mínimo de 20 anos de contribuição. Também acaba com as aposentadorias por tempo de contribuição, após um período de transição. E para ter direito ao benefício integral será preciso contribuir por 40 anos.
Durante a assembleia foi aprovado calendário de lutas que prevê atos públicos, mobilização nos locais de trabalho e nos bairros de todos os municípios do país. O objetivo é dialogar com toda a população e esclarecer as consequências nefastas das propostas apresentadas por Bolsonaro.
“Na convocação de grandes atos unitários, destacamos o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e o 1º de maio, Dia do Trabalhador”, diz trecho do documento aprovado pelos trabalhadores na Assembleia Nacional.
Além disso, foi deliberado “a realização de dia nacional de lutas e mobilizações em defesa da Previdência Social Pública e contra o fim da aposentadoria, em data a ser estabelecida pelas centrais sindicais, como parte da Jornada Nacional de Lutas em defesa da Seguridade e a Previdência Social”.