
Eleições Municipais: Enfermagem elege 47 prefeitos, 91 vices e 1.091 vereadores
Política
As eleições municipais de 2024 marcaram um avanço significativo para os profissionais da Enfermagem no Brasil. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a categoria elegeu 47 prefeitos, 91 vice-prefeitos e 1.091 vereadores em todo o país. Dentre os eleitos, 677 vereadores, 64 vice-prefeitos e 38 prefeitos são enfermeiros, enquanto 414 vereadores, 27 vices e 9 prefeitos se identificam como técnicos de Enfermagem. Esses números evidenciam o aumento da participação da Enfermagem no cenário político, comparado com as eleições de 2020, quando a categoria elegeu 44 prefeitos, 79 vice-prefeitos e 1.069 vereadores.
Mesmo ainda sendo modesto, esse crescimento mostra o fortalecimento de uma categoria que há tempos batalha por condições mais dignas de trabalho e reconhecimento profissional. “A Enfermagem deve apoiar e votar na Enfermagem. A presença de nossos colegas nos espaços de poder é essencial para que as pautas cruciais da categoria sejam priorizadas e efetivamente avançadas. Neste momento, estamos enfrentando na pele as dificuldades para a implementação do piso salarial, uma conquista que poderia evoluir significativamente se tivéssemos mais representantes que compreendam nossas lutas no Parlamento”, afirma o presidente da CNTS, Valdirlei Castagna.
Base para eleições de 2026 – A representatividade alcançada nas eleições municipais de 2024 é também um importante indicativo para as eleições gerais de 2026, quando a Enfermagem terá a oportunidade de eleger deputados e senadores que possam levar essas bandeiras diretamente para o Congresso Nacional. “Votar em profissionais da categoria é uma forma direta de fortalecer a luta por pautas prioritárias, como a carga horária de 30 horas, a aposentadoria especial, o dimensionamento adequado das equipes de saúde e a implementação do piso salarial. Quando representantes que entendem a realidade do dia a dia da profissão ocupam cargos de poder, essas demandas ganham visibilidade e têm mais chances de serem aprovadas”, ressaltou Castagna.