Distrito Federal abre primeiro centro público de transplante de medula óssea
A população do Distrito Federal já conta com um centro público de transplante de medula óssea. Inaugurada nesta quarta-feira (18), a Unidade de Transplante de Medula Óssea Pietro Albuquerque é um serviço exclusivo de referência para pacientes que necessitam do procedimento em todo país. O centro funciona dentro do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) e conta com 27 leitos de internação, consultório, coleta de células-tronco e sala de apoio aos acompanhantes.
“Aqui no DF tínhamos apenas dois serviços privados habilitados para fazer transplante. O novo centro, que agora é público, se torna uma referência extremamente importante não só para atender os casos daqui da região, mas para, inclusive dar suporte a casos de outras regiões. É uma instituição reconhecidamente qualificada e com capacidade para fazer os procedimentos necessários com muita segurança”, afirmou o Ministro da Saúde, Arthur Chioro durante a inauguração da Unidade de Transplante de Medula Óssea Pietro Albuquerque.
O Brasil possui o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com mais de três milhões de cadastrados, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (quase sete milhões de doadores) e da Alemanha (quase cinco milhões de doadores). Só ano passado, foram realizados em todo país 2.113 transplantes de medula óssea. O número representa um crescimento de 24% em relação ao ano de 2011, quando o número de cirurgias alcançou 1.701. “Quem precisa se submeter a um transplante de medula óssea não faz o procedimento e vai para casa em seguida. Há todo um vínculo de saúde. Tem o acompanhamento antes e depois do transplante e ainda um longo tempo de monitoramento. Unidades regionalizadas promovem muito mais conforto e segurança para o usuário. Além de diminuir custos de locomoção para a própria família, gestores estaduais e municipais”, afirmou Chioro.
Atualmente 95% das cirurgias no Brasil são realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o Ministério da Saúde gerencia, junto com estados e municípios, as listas de espera, habilita as centrais de transplantes, além de treinar as equipes para a realização dos procedimentos.
Para estimular a doação de órgãos no país, o Ministério da Saúde investe anualmente em campanhas e ações de mobilização. Em uma década, o Brasil mais que dobrou (aumento de 118%) o número de transplantes no país, saltando de 11.203 cirurgias, em 2002, para 24.473, em 2012. Também quadruplicou (crescimento de 328%) o repasse entre 2003 e 2013, de R$ 327,8 milhões, em 2003, para R$ 1,4 bilhão, em 2013.
Pietro Albuquerque
A unidade de transplante de medula óssea recebeu o nome de Pietro Albuquerque em homenagem ao jovem que faleceu poucos dias antes de completar seus 20 anos vítima de leucemia mielóide aguda homônima. A sua luta pela vida motivou a aprovação da “Lei Pietro”, que cria a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro, incentivando o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Criado em 1993, o REDOME reúne informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de doadores compatíveis entre os grupos étnicos (brancos, negros, amarelos etc.) semelhantes, mas não aparentados. (Fonte: Portal Saúde)