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Foto: Amazônia Real

Depois de Manaus, agora falta oxigênio também no Pará

Caos na Saúde

Aos menos seis municípios registram o colapso do sistema de saúde com os estoques de oxigênio chegando a zero. A situação mais preocupante é no município de Faro, próxima à fronteira com o Amazonas, onde diversos pacientes revezam um cilindro de oxigênio no hospital da cidade.

Profissionais de saúde e prefeitos de cidades do Pará na fronteira com o Amazonas, que também vivem um aumento explosivo no número de casos de Covid, começaram a relatar, nesta segunda, dia 18, falta de oxigênio em unidades de saúde.

Pelo menos seis municípios do Oeste do Pará registram o colapso do sistema de saúde com os estoques de oxigênio chegando a zero. A situação mais grave é no município de Faro, onde diversos pacientes revezam um cilindro de oxigênio no hospital da cidade. Imagens publicadas pelos moradores mostram o desespero de familiares dos doentes e profissionais de saúde.

A cidade fica na divisa com o Amazonas, e muitos moradores viajaram até Manaus no final do ano para encontrar parentes. A capital do Amazonas enfrenta uma nova cepa de coronavírus, que de acordo com análises preliminares faz com que o vírus causador da Covid-19 se espalhe mais rápido.

Outra situação preocupante ocorre na comunidade de Nova Maracanã, onde pelo menos 34 pacientes estão hospitalizados. O município pede ajuda para transferir oito doentes que estão em estado grave e necessitam com urgência de uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI. A falta de estrutura para atender a demanda de infectados também atinge as cidades vizinhas de Terra Santa (PA) e Nhamundá (AM).

As cidades da região temem um colapso total no sistema de saúde, já que em geral não estão preparadas para o atendimento a uma quantidade de pacientes bastante acima do esperado. A logística para o recebimento de insumos de saúde é tão complexa como a do Amazonas.

O prefeito de Faro, Paulo Carvalho (PSD) informou que em pelo menos um dos bairros da cidade já não há oxigênio suficiente nos centros de saúde. Médicos e enfermeiros relatam cenas parecidas com as de Manaus.

Na semana passada, o governo do Pará proibiu a circulação de embarcações vindas do Estado do Amazonas em território paraense. O fechamento da fronteira segundo o governador Helder Barbalho foi uma medida preventiva para evitar o contágio pela covid-19.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública – Sespa informou que no Pará duas empresas são responsáveis pelo fornecimento de oxigênio, White Martins e Air Liquide. Somente a empresa White Martins produz atualmente 58 mil m3 por dia, quantidade suficiente para o abastecimento de todo o Estado. A Sespa esclarece, ainda, que é responsabilidade das secretarias municipais de Saúde a manutenção de contratos e a aquisição do produto para abastecimento local.

Fonte: Com Correio Braziliense, Revista Exame e Estadão
CNTS

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