Contra reforma da Previdência, centrais avaliam nova paralisação
Contrárias ao desmonte da Previdência Social, as centrais sindicais – CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CSB – avaliam nova paralisação caso o governo Temer mexa na Previdência. A votação da reforma está marcada para 19 de fevereiro, na Câmara dos Deputados. Além da paralisação, as centrais articulam uma agenda de ações contra a onda de ataques às conquistas sociais e direitos históricos da classe trabalhadora.
As entidades propõem campanha junto às bases, que denuncie o caráter mentiroso da propaganda do governo. “É vergonhosa a forma como Temer tenta manipular a população com mentiras sobre essa proposta”, afirma Nota das entidades. “A reunião afina nossas agendas para orientar as bases frente à ameaça de votação da proposta que acaba com a direito à aposentadoria”, afirmou Adilson Araújo, presidente nacional da CTB.
João Carlos Gonsalves, secretário-geral da Força Sindical, ressaltou que “a proposta do governo não tem o objetivo de combater privilégios, como sugere a propaganda oficial. Ela vai retirar direitos, dificultar o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil”.
“A reforma abre caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo ao sistema financeiro”, completou Alvaro Egea, secretário-geral da CSB.
O presidente da Nova Central de São Paulo, Luiz Gonsalves, antecipou alguns dos temas do encontro. “Além da questão previdenciária, temos um calendário de lutas para 2018. Começa com o julgamento de Lula dia 24 de janeiro, que pode influenciar nas eleições. Tem ainda a tramitação da Medida Provisória 808, que altera pontos da reforma trabalhista”, comenta.
Gonsalves destacou que a Nova Central atua por mudanças na MP, apresentando 25 emendas sobre custeio. “A medida deverá ser apreciada também logo no retorno do recesso parlamentar”, explicou. (Fonte: Agência Sindical)