Confederações se reúnem para definir ações contra reformas neoliberais
A CNTS participou do primeiro encontro do ano promovido pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores – FST o evento aconteceu, na Confederação Nacional dos Metalúrgicos em São Paulo e debateu a conjuntura nacional e tirou agenda de ações contra as reformas neoliberais e anticrise. A reunião contou com a participação das confederações nacionais em cujas bases atuam cerca de nove mil sindicatos. Além dos dirigentes, participaram técnicos do Diap – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar e do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. A CNTS esteve representada pelo Diretor de Patrimônio, Geraldo Isidoro de Santana, que relatou a importância de encontros como esse para unir forças em defesa dos diretos dos trabalhadores
Para reforçar os trabalhos o FST mobilizou as confederações para outro encontro na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI, no dia 17 de janeiro, para discutir e decidir os seguintes pontos:
Apresentação das condições econômicas do FST; avaliação e encaminhamento das ações aprovadas na reunião extraordinária realizada dia 10.01.17; apresentação do quadro político, econômico e social do País e as perspectivas da reação do movimento sindical.
Já no dia 18 de janeiro a reunião será com profissionais da área de comunicação, jurídica, parlamentar e econômica das confederações de trabalhadores, na sede da CNTI. O objetivo é que os profissionais possam desenvolver trabalho no sentido de contribuírem na resistência contra as ações dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, contrárias ao movimento sindical e à classe trabalhadora.
Para o coordenador do FST, Artur Bueno de Camargo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação – CNTA Afins, o movimento sindical deve combinar resistência e negociação. Mas ele indica que, para isso, será preciso mobilizar as bases. “Nossa força é a base. É com essa força e legitimidade que devemos negociar com a Câmara, o Senado, o governo e também realizar atos e protestos, em todo o País”, diz.
Para Artur, um dos caminhos é tratar com os parlamentares em suas bases. “Falar com eles em Brasília já faz parte dos encaminhamentos. Mas o político sente o peso da pressão quando vê ações organizadas nos locais onde vive seu eleitorado”. O dirigente do FST defende que toda a estrutura sindical se mobilize.
Experiente consultor sindical, João Guilherme Vargas Neto alerta para a gravidade da situação. Ele analisa: “A recessão já dura três anos, com indicação de depressão. Nossos adversários se aproveitam disso e do desemprego crescente para atacar direitos e tentar isolar o movimento sindical da sociedade. Querem que sejamos como nos Estados Unidos, onde o sindicalismo foi isolado e perdeu qualquer força social ou política. Lá, a sindicalização mal chega a 5%.
Para Miguel Torres, presidente da CNTM, os eventos reforçam a unidade sindical. “A crise é muito grave e os ataques aos direitos se multiplicam. A unidade do sindicalismo é fundamental para posicionar a classe trabalhadora na discussão das reformas, na resistência às agressões e na articulação das lutas”, comenta. (Com Agência Sindical)