Comunicado aos trabalhadores da Ebserh da base da CNTS
Ebserh
Trabalhadores e Ebserh chegam a acordo parcial sobre greve. Em mediação do TST, ficou acordado que o dissídio de greve continua suspenso até janeiro de 2022. E que a empresa irá devolver o valor descontado em folha dos empregados que aderiram à greve do dia 13 de maio.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde – CNTS comunica que as entidades representativas dos trabalhadores da Ebserh que participam da negociação do ACT 2020/2021 e do ACT 2021/2022, (CNTS – CONDSEF/FENADSEF – FNE – FENAFER – FENAM), em audiência realizada no dia 29/06/2021, junto ao TST, mediada pela ministra Delaide Alves Miranda Arante, no processo de Dissídio Coletivo de Greve – DCG nº 1000761-57.2021.5.00.0000, ajuizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, referente à greve dos empregados públicos, chegaram à seguinte composição:
- a suspensão da tramitação do dissídio de greve até 31/01/2022;
- a EBSERH procederá à devolução dos valores descontados no salário dos empregados a título de “falta greve”, referente ao dia 13/5/2021, até a folha de setembro de 2021;
- a EBSERH concederá dois abonos referentes ao período 2021/2022 aos empregados, a serem gozados até 28/2/2022, nos moldes da Cláusula 16ª do ACT 2028/2019;
- a prorrogação de todas as cláusulas atualmente vigentes até a assinatura do novo ACT ou o julgamento do dissídio coletivo de greve; e
- a retomada das negociações entre as partes a partir de 1º de fevereiro de 2022, referente às duas últimas datas-bases anteriores.
Registramos que os termos do acordo estão em consonância com as deliberações dos trabalhadores da EBSERH tomadas em assembleias realizadas pelos sindicatos de base, cujos percentuais de aprovação chegaram a aproximadamente 95% dos participantes.
Ao retomar as negociações no início do próximo ano, esperamos da empresa uma postura diferente da adotada neste período, visto que as negociações não avançaram em face da intransigência da direção, que insistiu na retirada de direitos e a não concessão de reajustes dos salários e das cláusulas econômicas.
A união de todos e a unificação da luta através das entidades representativas da categoria serão fundamentais na retomada das negociações para que possamos conquistar um ACT mais justo e que atenda as expectativas dos trabalhadores.
Sigamos firmes e sempre em luta!
Valdirlei Castagna
Presidente da CNTS