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CNTS realiza debate sobre acidentes de trabalho

CNTS

Acompanhe a Live Abril Verde nesta quarta-feira, 28, em virtude do Dia Internacional das Vítimas de Acidente de Trabalho. O debate acontece às 18h30, na página da Confederação no Facebook.

Nesta quarta-feira, 28, em virtude do Dia Internacional das Vítimas de Acidente de Trabalho, a CNTS vai realizar a Live Abril Verde, às 18h30, na página oficial da Confederação no Facebook.

Acidentes de trabalho viraram um problema de saúde pública no Brasil. Já que um acidente de trabalho ocorre a cada 48 segundos e uma pessoa morre na mesma circunstância a cada 3 três horas e 40 minutos. De cada 10 acidentes de trabalho, 1 ocorre na área da saúde, no atendimento hospitalar. Os profissionais da enfermagem e da limpeza dos hospitais são os que mais sofrem. Em virtude da pandemia, este cenário tende a piorar, e muito. Pois, na contramão da maioria dos segmentos que paralisaram, o setor saúde está operando com sua capacidade máxima. Inclusive, exigindo muito dos profissionais da saúde, fisicamente e emocionalmente.

De acordo com o observatório, entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou mais de R$ 26,2 bilhões com o pagamento de auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, auxílios-acidente e pensões por morte de trabalhadores. Além disso, o país perde, anualmente, 4% do seu Produto Interno Bruto – PIB com gastos decorrentes de “práticas pobres em segurança do trabalho”. Dinheiro que se gasta, dinheiro que deixa de circular na economia, pessoas retiradas abruptamente do mercado de trabalho e, sobretudo, vidas interrompidas e amputadas.

Para debater este importante tema, a Live Abril Verde terá a participação do médico do trabalho e ex-diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do MTE, Mario Bonciani; da presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo, Fernanda Magano; e da assessora jurídica da CNTS e especialista em direito processual, Zilmara Alencar. A coordenação do debate ficará a cargo do presidente da CNTS, Valdirlei Castagna.

Os convidados vão debater, entre outros pontos, as singularidades do adoecimento ocupacional em decorrência do coronavírus, os transtornos mentais relacionados ao trabalho em tempos da Covid-19 e o cenário atual do Brasil em relação ao número de acidentes de trabalho.

Falta de Prevenção – A legislação é rigorosa ao editar normas reguladoras das condições de trabalho: o que falta, na maioria dos casos, é cumprimento e fiscalização para prevenção de acidentes.

Atualmente, o que temos em nosso país são regras rígidas e 36 NR’s – Normas Regulamentadoras criadas desde 1978 para reger a prevenção de acidentes no ambiente de trabalho. Elas dispõem sobre os equipamentos obrigatórios para a segurança dos colaboradores e até mesmo sobre as condições de iluminação e temperatura exigidas nas empresas.

Aprovada em 2005, a NR 32 é definida como a norma que cuida dos profissionais da área da saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. A norma foi criada para constituir diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção específicas aos trabalhadores do setor.

Ainda assim, não se vê no Brasil uma verdadeira cultura que pregue e dissemine a segurança como essencial para o desempenho das tarefas dos empregados, sendo que muitas vezes nem mesmo os EPI – Equipamentos de Proteção Individual são disponibilizados nas organizações.

É necessária uma mudança radical na ótica do brasileiro no que diz respeito às normas de segurança, estabelecendo real cultura de prevenção de acidentes no trabalho. As atitudes a serem tomadas nas empresas devem ir além dos meros alertas.

“Temos que falar mais sobre prevenção, sobre a precarização das relações de trabalho e as consequências nefastas das doenças e dos acidentes laborais na área da saúde e em outras áreas. Empregador e empregado, órgãos de fiscalização, entidades sindicais. Ministério Público do Trabalho, Judiciário trabalhista e sociedade, cada um no seu papel, todos têm a responsabilidade de reduzir as tristes estatísticas”, afirma o presidente da CNTS, Valdirlei Castagna.

Acompanhe ao vivo o debate na página da Confederação no Facebook. Tire suas dúvidas sobre o tema, mande seus questionamentos. Participe deste importante debate!

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