CNTS presente na campanha “Outubro Rosa”

Pelo segundo ano consecutivo, a CNTS participa do movimento popular conhecido como Outubro Rosa, comemorado em todo o mundo. O laço rosa da campanha simboliza a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades na prevenção da doença. Todas as ações são direcionadas à conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Inicialmente, as cidades se enfeitavam com laços rosas, depois surgiram ações como corridas e outras modalidades esportivas, desfile de modas com sobreviventes. Hoje, órgãos públicos, empresas e movimentos sociais se manifestam iluminando de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros, uma forma prática para que campanha tenha uma expansão cada vez mais abrangente para a população.

Para a CNTS, mais que alertar para a prevenção do câncer de mama, que mata dez mil mulheres a cada ano No Brasil, na faixa etária acima dos 35 anos, mas que pode ser tratado se descoberto no início. O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer – Inca.

O objetivo da Confederação é ampliar o alerta para o cuidado com todas as doenças. E algumas delas afetam bem mais mulheres que homens, comprovam estudos científicos. Segundo pesquisas, as mulheres vivem mais tempo, adoecem menos e lidam melhor com a dor. Mas isso não significa que elas não devam ter cuidado: existe uma série de doenças que afetam mais as mulheres, ou que são exclusivamente femininas, e que merecem atenção especial.

Pesquisas mostram que, no mundo todo, as mulheres têm cerca de sete anos a mais do que os homens, principalmente, porque elas se cuidam mais do que eles e buscam mais os serviços de saúde. “As mulheres também possuem um sistema imunológico mais forte, o que faz com que adoeçam menos do que os homens. Cientistas da Universidade de Gante, na Bélgica, apontaram que isso se deve ao fato de as mulheres terem dois cromossomos X (que contém 10% de todos os microARNs do genoma, partículas responsáveis por importantes funções no sistema imunológico e por proteger o corpo contra cânceres). E, além disso, elas lidam melhor com a dor”

No entanto, segundo matéria divulgada pelo Portal UOL, existem várias doenças muito mais frequentes entre as mulheres do que entre os homens. Uma delas é a fibromialgia – síndrome que causa dores por todo o corpo por longos períodos, sensibilidade nas articulações, nos músculos, nos tendões e em outros tecidos moles – que afeta sete mulheres para cada homem. Trata-se de uma. O câncer de mama, apesar de muita gente achar que é doença é feminina, acomete também os homens – só que em proporção esmagadoramente menor: apenas 1% dos casos. A enxaqueca afeta três mulheres para cada homem; e a cardiomiopatia de Takotsubo – doença rara conhecida como síndrome do coração partido – acomete principalmente mulheres na meia idade. 

Desvantagens – Ter um sistema imunológico mais forte também tem algumas desvantagens. Artigos científicos apontam que os mesmos mecanismos que garantem que as mulheres fiquem doentes com menos frequência são os causadores da suscetibilidade às doenças autoimunes, em que o sistema imunológico afeta o organismo do próprio paciente. Nas mulheres, as mais comuns são a artrite reumatoide, caracterizada pela inflamação das articulações, podendo levar à incapacitação funcional, e acomete quatro mulheres para cada homem; o lúpus eritematoso, que ataca as células e tecidos do corpo, podendo acarretar problemas musculares, renais, cardíacos, sanguíneos e dermatológicos, e afeta nove mulheres para cada homem; e a esclerose múltipla, que afeta o sistema nervoso devido à destruição das bainhas de mielina, que fazem parte da célula nervosa, provocando dificuldades motoras e sensitivas, e atinge quatro vezes mais as mulheres, de acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS.

“Mas não são só fatores biológicos que favorecem a predominância dessas doenças entre o público feminino. Fatores externos, como o estresse, também contribuem para a deterioração da saúde e para a exposição a doenças. A correria do dia a dia, a vida atribulada e a jornada dupla – às vezes tripla – de muitas mulheres faz com que elas tenham uma sobrecarga maior e acabem se descuidando”. “Desde que as mulheres iniciaram as múltiplas jornadas, o alcoolismo, a ansiedade, a depressão, as incidências de câncer, os problemas cardíacos, entre outras doenças, vêm sendo diagnosticados cada vez mais frequentemente entre elas”, explica a psicóloga Adriana de Castro Ruocco Sartori, do Espaço Agir – Psicologia e Bem Estar.

Doença de mulher – As doenças do sistema reprodutor feminino são outra ameaça constante na vida da mulher. Entre as mais comuns estão a vulvovaginite (inflamação ou infecção da vulva e vagina); a síndrome dos ovários policísticos (presença de pequenos cistos nos ovários); a fibrose uterina ou mioma uterino (pequenos tumores benignos no útero); e a endometriose (presença de células do endométrio – camada interna do útero que é expelida durante a menstruação – fora da cavidade uterina, desencadeando um processo inflamatório).

O órgão feminino também é o responsável pelas mulheres serem mais suscetíveis às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). “A mucosa vaginal é um epitélio muito fino. Durante as relações sexuais, praticamente sempre há algum grau de fissura da mucosa, o que facilita a entrada de diversos vírus. Além disso, o epitélio vaginal e do colo uterino ficam ‘escondidos’, ou seja, só há acesso a eles durante o exame ginecológico, e qualquer lesão escondida fica mais fácil de progredir”, explica a ginecologista Alessandra Bedin, do Hospital Israelita Albert Einstein. Por isso as mulheres devem ficar mais atentas às DSTs, especialmente ao HIV e ao HPV.  

A atenção especial ao público feminino no caso do HPV é que, nas mulheres, as lesões causadas pelo vírus podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, podendo causar câncer. E o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de 275 mil mulheres por ano, de acordo com o Inca. “Os homens também têm infecção, mas pelas características da pele do pênis as lesões são menores e com menor potencial de gravidade. Portanto, a prevalência é igual nos dois sexos. Mas o local principal e potencialmente de maior risco é o colo uterino”, aponta o ginecologista Fabio Laginha, coordenador da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho.

Aspectos psicológicos – As mulheres também estão mais suscetíveis a alguns transtornos mentais – ansiedade e depressão são mais comuns entre elas. “Isso acontece devido a fatores biológicos (genéticos, hormonais); psicológicos (maneira de se enfrentar as situações que tenham impacto negativo na vida); e psicossociais (jornadas duplas de trabalho, incluindo cuidado dos filhos e da casa, e competitividade do mercado de trabalho)”, explica a psicóloga Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Mas essas podem não ser as únicas razões para que a ansiedade e a depressão afetem mais as mulheres. A prevalência entre elas também pode decorrer do simples fato de que elas buscam mais assistência médica do que os homens. Por outro lado, existem transtornos mentais tipicamente femininos, caso da síndrome do ninho vazio, quando os filhos saem de casa e a mulher perde o objeto de seu cuidado, gerando tristeza e solidão. (Fontes: Jornal O Estado de S. Paulo e Portal UOL)

CNTS

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