CNTS encerra atividades de 2012 com reuniões, oficina de sensibilização LGBT e confraternização

Em clima de confraternização e dever cumprido a CNTS reuniu diretores e conselheiros, de 10 a 13 de dezembro, em Brasília – DF, para avaliação das ações políticas e atividades administrativas de 2012 e traçar as diretrizes iniciais para o exercício de 2013. O destaque foi para a realização da Oficina de Sensibilização – Por respeito à Diversidade, para debate das questões específicas das pessoas LGBT. Preconceito, homofobia, saúde, inserção no mercado de trabalho e análise das políticas públicas voltadas para esse segmento da população foram pontos de pauta. Diretores, funcionários, assessores e prestadores de serviços à CNTS se reuniram em jantar de festivo.
 
A descontração – porém, com a seriedade que o tema exige –, envolveu os participantes da oficina e chamou a atenção dos demais hóspedes e pessoas que participavam de outros eventos no local. Durante todo o dia, os dirigentes foram divididos em grupos, por sexo, por religião, por time de futebol, por mês de aniversário e por temas para, de forma dinâmica, abordar sobre discriminação, oportunidades e direitos das pessoas LGBT. As atividades foram coordenadas pelo psicólogo Pérsio Plensack, um dos colaboradores na elaboração das políticas e programas da Internacional de Serviços Públicos – ISP Brasil.
 
“As manifestações foram além da expectativa da oficina. Daqui saíram vários compromissos e o entendimento de que temos semelhanças e diferenças, o que vai depender de cada contexto. Quando identificar os segmentos o dirigente sindical vai definir a forma de atuação”, avaliou Pérsio Plensack, após apresentadas as primeiras conclusões do trabalho em grupos. Segundo ele, há necessidade de ampliar horizontes e abrir possibilidades para entender o que causa estranheza diante das diferenças. “Nas diferenças também encontramos nossas semelhanças”, afirmou.
 
Ele abordou sobre o que significa ser LGBT, o histórico do movimento no Brasil, os programas de governo e a legislação em vigor, que assegura direitos e proteção. Como pontos de desafio para o movimento sindical ele citou a união estável homoafetiva; o assédio moral; a eliminação de preconceitos nas entidades e a inclusão de cláusulas afirmativas nos acordos e convenções coletivas de trabalho.
 
Os grupos encenaram casos de preconceito no ambiente de trabalho, no seio familiar e em meio à sociedade. Ao final, apontaram como tarefas para a CNTS e suas federações filiadas a continuidade e capacitação dos dirigentes sindicais para o enfrentamento do debate sobre as questões LGBT; a divulgação do resultado e propostas junto às bases; elaboração de cartilha e realização de campanha de filiação voltada para o segmento; inclusão do tema na agenda política das entidades; e a doção de cláusulas trabalhistas específicas e de medidas de prevenção ao preconceito.
 
Preconceito este que foi vivenciado pelos próprios participantes do evento, pois, ao usarem a camiseta da oficina, eram apontados todos como pessoas LGBT e, às vezes, hostilizados nos corredores, no restaurante, no elevador, ou outros ambientes em que transitavam. “Agradeço pelo evento maravilhoso que a CNTS nos ofereceu. Sabemos que o preconceito é grande e que é preciso quebrar a discriminação, primeiro, nas nossas bases”, avaliou o coordenador do Comitê LGBT da CNTS, Adailton Antônio da Silva. “Aprendemos muito e devemos realizar outros eventos dessa natureza. Devemos estar unidos até as últimas consequências”, concluiu o presidente da CNTS, José Lião de Almeida.

CNTS

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