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CNTS discute proliferação de sindicatos com o ministro do Trabalho

 A pulverização de sindicatos no Brasil e o impacto na representatividade sindical têm sido uma ameaça à tutela dos direitos trabalhistas e demonstra que esse fato está comprometendo a representação das instituições que existem há mais tempo, sobretudo, no tocante à função de defesa dos direitos dos trabalhadores e está gerando problemas na ordem da representatividade.

Preocupados com isso, dirigentes da CNTS participaram de reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e o secretário de Relações do Trabalho do MTE, Carlos Cavalcante de Lacerda. Na ocasião, o secretário-geral da CNTS, Valdirlei Castagna, se mostrou preocupado com a proliferação de sindicatos na área da saúde que tem surgido a todo momento e enfraquece a estrutura sindical existente. “Permitir a criação de mais sindicatos hoje é matar a estrutura que já existe, pois abre um sindicato e fecha outro, abre uma federação e fecha outra”, relatou.

O ministro se atentou aos pontos apresentados pela CNTS e ficou de estudar o assunto que já foi falado anteriormente. No mês de outubro o MTE ficou de publicar portaria com regras mais rígidas para a formação de entidades que representam trabalhadores e empregadores, porém, não foi publicada. Desta vez ele solicitou para as entidades sindicais documento protocolado. A CNTS vê isso como negativo, pois a cada momento mais e mais sindicatos estão surgindo.

Segundo Castagna, o Ministério do Trabalho deve ter maior cuidado para resguardar as entidades que já estão fazendo boa representação na área da saúde. “Os sindicatos chamados sindisaudes são os que representam dos profissionais da enfermagem. Eles foram criados há muito tempo e já têm sua estrutura pronta e sua eficácia comprovada, sem a necessidade de novos sindicatos”, concluiu.

Para o tesoureiro-geral da CNTS, Adair Vassoler, a proliferação de sindicatos tem fatiado a categoria. “Não é bom para os trabalhadores essa multiplicação de sindicatos, pois só desune mais a categoria. Conversamos com o ministro para barrar a criação de mais sindicatos na área da enfermagem, porque os que existem já representam bem o trabalhador”.  

Para o vice-presidente da CNTS, João Rodrigues Filho, a proliferação de sindicatos prejudica principalmente a categoria. “Os trabalhadores são os mais atingidos porque nascem sindicatos sem estrutura nenhuma, sem condições de defender o trabalhador que é o papel essencial. Nascem com objetivo de arrecadar recursos”, conclui.  

Na oportunidade, os diretores da CNTS solicitaram mais espaços nos grupos de trabalho do Ministério com objetivo de discutir melhorias para o trabalhador.

  

CNTS

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