Foto: Marco Nascimento/Ag. Pará

CNS pede que Ministério da Saúde acelere a vacinação de trabalhadores da saúde

Pandemia

Recomendação aprovada pelo colegiado também destaca a necessidade de implementar diversas medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.

O Conselho Nacional de Saúde – CNS aprovou, na terça-feira, 4, uma recomendação para que o Ministério da Saúde acelere a vacinação de trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que ainda não tenham sido vacinados, independentemente de seu setor de trabalho. O documento também é destinado ao Congresso Nacional, para a realização de audiências públicas sobre a situação de adoecimento e óbitos dos trabalhadores da saúde, durante a pandemia da Covid-19.

Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz aponta que a média de morte de trabalhadores da saúde por Covid-19 desde o começo da pandemia é de um profissional por dia. Segundo o estudo, 84% das pessoas estão com 60 horas semanais de trabalho, 45% tem outro emprego e apenas 43% têm sentimento de proteção contra à Covid-19 no seu ambiente de trabalho.

Entre outras medidas, a recomendação do CNS também cobra pela retomada imediata da Mesa Nacional de Negociação Permanente do Sistema Único de Saúde – SUS, extinta em abril de 2019, e que se estabeleça como espaço de diálogo e negociação trabalhista com as entidades sindicais representativas dos trabalhadores.

No documento, o colegiado também pede o cumprimento às Convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT e destaca que as Convenções 149, que aborda o Emprego e Condições de Trabalho e de Vida do Pessoal da Enfermagem, e a 190, que dispõe sobre a violência e assédio no mundo do trabalho, ainda não foram ratificadas no Brasil.

O CNS destaca a necessidade de implementar e fortalecer políticas públicas para a valorização dos trabalhadores da saúde pública, por ente federativo, desenvolvendo um plano de carreira único, com salário adequado e melhores vínculos institucionais, garantindo os direitos trabalhistas, assistenciais e previdenciários. Leia a recomendação na íntegra, clicando aqui.

Fonte: Conselho Nacional de Saúde
CNTS

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